Desde 2018 que a 'prime rate' estava em queda, até ao mínimo de 15,5% em fevereiro de 2021, altura em que a tendência se inverteu e a taxa começou a subir até atingir 23,5% desde abril, e depois para 24,10% desde julho, que se manteve em todos os meses seguintes.
Os aumentos da 'prime rate' têm estado associados à subida da taxa de juro de política monetária (taxa MIMO, que influencia a fórmula de cálculo da 'prime rate') pelo banco central, por forma a controlar a inflação.
Nesse mesmo sentido, o banco central moçambicano manteve, no final de setembro, a taxa MIMO em 17,25%, o mesmo acontecendo com as reservas obrigatórias exigidas aos bancos comerciais.
A criação da 'prime rate' foi acordada em 2017 entre o banco central e a AMB para eliminar a proliferação de taxas de referência no custo do dinheiro.
Na altura, foi lançada com um valor de 27,75%.
O objetivo é que todas as operações de crédito sejam baseadas numa taxa única, "acrescida de uma margem ('spread'), que será adicionada ou subtraída à 'prime rate' mediante a análise de risco" de cada contrato, explicam os promotores.
Leia Também: Economia moçambicana cresceu 4,4% nos primeiros nove meses deste ano