"Trabalhadores não podem ficar à espera" de eleições para continuar luta

A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, disse hoje que os trabalhadores não devem ficar à espera das eleições legislativas de 10 de março para exigirem respostas aos problemas, defendendo que é preciso intensificar a luta.

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Lusa
09/11/2023 21:26 ‧ 09/11/2023 por Lusa

Economia

Isabel Camarinha

"Neste quadro em que o Presidente da República tomou a decisão de dissolver a Assembleia da República e convocar eleições para 10 de março, isto não pode impedir que haja respostas imediatas aos problemas porque as populações e os trabalhadores não podem ficar à espera porque é agora que estão a empobrecer a trabalhar", disse a líder da intersindical à Lusa.

Para a CGTP, "o que tem de continuar a acontecer é a intensificação da luta dos trabalhadores nos seus locais de trabalho e na rua", sublinhou Camarinha, lembrando que a intersindical convocou uma manifestação nacional para sábado, no Porto e em Lisboa.

A proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), já aprovada na generalidade, vai continuar a ser discutida no parlamento e a votação final global está marcada para dia 29 e "pode ser aprovada com alterações no sentido de garantir as repostas necessárias, nomeadamente a valorização dos trabalhadores da função pública, o investimento efetivo no SNS, na escola pública, na proteção social e nos serviços públicos", realçou.

A situação atual "obriga de facto a que haja ainda maior mobilização dos trabalhadores, reformados e pensionistas e das populações afetadas pelas opções da maioria do PS, para que exijam a mudança de rumo", sublinhou Isabel Camarinha.

O Presidente da República anunciou hoje, numa comunicação ao país, que vai dissolver o parlamento e marcar eleições legislativas antecipadas para 10 de março.

Na comunicação, Marcelo Rebelo de Sousa disse que vai adiar o processo formal de demissão do Governo por decreto para permitir a aprovação e entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2024.

O primeiro-ministro, António Costa, apresentou na terça-feira a sua demissão, depois de buscas em vários gabinetes do Governo, visando também o seu chefe de gabinete, realizadas no âmbito de investigações sobre projetos de lítio e hidrogénio e de o Ministério Público ter anunciado que é alvo de inquérito autónomo no Supremo Tribunal de Justiça.

Leia Também: Demissão de Costa? CGTP quer apuramento "de todos os factos"

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