No comunicado, enviado na segunda-feira à noite à Bolsa de Valores de Taipé, a empresa explica que o contrato de construção, realizado através de uma subsidiária local, visa cobrir "necessidades operacionais", sem dar mais pormenores sobre o projeto.
O estado de Karnataka, no sul da Índia, anunciou em agosto que a Foxconn iria investir 600 milhões de dólares (548 milhões de euros) em duas fábricas - uma de componentes para iPhone e outra de 'chips' - que criariam cerca de 14.000 postos de trabalho.
Segundo a agência de notícias Bloomberg, a empresa tecnológica taiwanesa também planeia construir uma fábrica num terreno perto do aeroporto de Bangalore, a capital de Karnataka e popularmente conhecida como "Silicon Valley da Índia" devido ao potencial das suas empresas tecnológicas.
Em julho, a Foxconn afirmou que iria aumentar a produção de iPhones em Karnataka para 20 milhões por ano, com uma nova fábrica de montagem que custaria 1,7 mil milhões de dólares (1,55 mil milhões de euros).
A imprensa internacional económica aponta a Índia como um destino de investimento para muitas empresas tecnológicas que procuram diversificar a presença regional para reduzir o risco das operações na China, prejudicadas no ano passado pela política "zero covid" do país e agora pelos conflitos geopolíticos.
No entanto, a relação da Foxconn com a Índia também tem sido marcada por momentos mais tensos: em julho, anunciou o abandono de um projeto conjunto com a empresa local Vedanta para o fabrico de semicondutores, uma iniciativa avaliada em cerca de 20 mil milhões de dólares (18,3 mil milhões de euros).
Embora a Foxconn tenha dito que a decisão foi "mutuamente acordada" e tenha descrito o trabalho com a Vedanta como uma "experiência frutífera", a imprensa taiwanesa sugeriu que a desistência se deveu ao ritmo lento de desenvolvimento da iniciativa.
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