TAP? CEO diz que prioridade foi resolver "operação desorganizada"

O presidente executivo da TAP disse hoje que a prioridade desde que assumiu a gestão da companhia foi resolver um problema "sério, grave e imediato" que era uma "operação desorganizada", sob pena de o valor da empresa se deteriorar.

Notícia

© Lusa

Lusa
02/12/2023 19:41 ‧ 02/12/2023 por Lusa

Economia

TAP

"Neste momento tínhamos um problema sério, grave e imediato para resolver, que era uma operação desorganizada, que estava a consumir não só recursos (...), nossos, da NAV [controlo aéreo], da ANAC [regulador], da ANA [aeroportos] e por aí fora, como a condicionar o ativo estratégico e a marca da companhia e a deixar uma péssima imagem junto dos nossos mercados, que era impensável que continuasse, porque senão o valor da TAP iria deteriorar-se significativamente", afirmou Luís Rodrigues, em declarações hoje feitas no Porto.

Segundo o CEO, esta foi uma das quatro situações fundamentais que saiu de um trabalho inicial de diagnóstico aquando da chegada à companhia.

"Era uma operação desorganizada e a operação é o fundamental de uma companhia aérea. Onde havia ao mesmo tempo meia dúzia de 'ACMIS' (aviões contratados fora a fazer operações para a TAP) e ao mesmo tempo tínhamos aviões no chão que não estavam a ser utilizados. Havia um total desfasamento nos horários, um conjunto de problemas na operação", explicou o responsável, para depois ter de afirmar que "isso está corrigido", que "a operação vai melhorar ainda mais a partir de agora", com o novo horário de inverno IATA.

Para além deste problema, Luís Rodrigues apontou ter sentido "um clima sociolaboral muito crispado, nada fácil" e um terceiro ponto que foi uma falta de conhecimento da indústria, da operação da TAP.

Esta situação, frisou o CEO, "foi uma surpresa", mas facilmente explicável: "Em 2020 e 2021 saíram mais de três mil pessoas da TAP e essas levaram o conhecimento com elas, eram as pessoas que estavam no meio, que suportavam a operação".

"O que acabámos por ter foi um conjunto de pessoas que estão há muitos anos na companhia e depois um conjunto de pessoas que se juntaram, que estão há dois ou três anos, e que têm pouco conhecimento da indústria ou da companhia. Esta é uma indústria muito exigente, muito complexa, (...) e onde se demora muito tempo a aprender. Quando se tem pessoas a aprender, pessoas relativamente novas à frente da companhia a coisa fica difícil e isso verificou-se em múltiplas situações (...)", referiu.

O atraso tecnológico "significativo em termos de sistemas, de processos" foi outro 'problema' com que a equipa de gestão se deparou, sendo necessária essa atualização tecnológica, mas que "leva tempo, custa dinheiro", segundo prosseguiu Luís Rodrigues.

Este foi o diagnóstico e a preocupação foi a gestão concentrar-se em trabalhar cada um desses temas, reforçou o representante.

Assim para além da resolução de questões na operação, o gestor salientou que "o ambiente sociolaboral está estabilizado, com a celebração dos acordos de empresa".

Um cenário que, segundo o CEO, permite-lhe ter margem para olhar "para a frente de uma forma extremamente positiva".

O CEO da TAP respondia a questões do presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), no âmbito do 48.º congresso da associação, que hoje termina no Porto.

Leia Também: TAP estima crescimentos de 6% a 7% nos próximos 2 anos

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas