Aeroporto? Costa admite "relativa inveja por não ser o decisor politico"
A comissão técnica apresentou hoje o relatório sobre as nove opções analisadas para a localização do novo aeroporto de Lisboa.
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Economia Aeroporto
O primeiro-ministro admitiu, esta terça-feira, que sente "relativa inveja por não ser o decisor politico" da solução para o novo aeroporto e enalteceu a "coragem" da Comissão Técnica Independente. António Costa agradeceu também a Luís Montenegro a forma como acordaram constituição da CTI.
"Bem sei que o país está cansado de 50 anos de discussão sobre este tema", afirmou, ressalvando, porém, a importância do consenso de que é necessária a sua construção.
"Hoje já ninguém discute que precisamos de aumentar a capacidade aeroportuária do atual aeroporto de Lisboa", afirmou, em declarações no encerramento da sessão de apresentação do relatório preliminar sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, que foi apresentado pela presidente da Comissão Técnica Independente, Rosário Partidário, no LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), em Lisboa.
Esclarecendo como foi criada esta Comissão, Costa disse que "nenhum dos membros da CTI foi escolhido nem nomeado pelo Governo nem pela opinião".
O primeiro-ministro revelou que teve tempo para ler o relatório, e avança com vantagens e desvantagens de cada localização, dizendo que tal é muito importante para o decisor político.
"Tem o dever de respeitar a opinião, mas tem o dever de considerar que o fator A ou B é mais importante que o C ou o D. E em função dessa valorização a decisão política pode se alterar. Creio que percebem a minha relativa inveja por não ser eu o decisor politico", afirmou, entre risos da sala.
Prosseguindo o seu discurso, sempre com um sorriso na cara, diz que se alguém tinha dúvidas da independência da Comissão relativamente ao Governo, ficou provado porque "uma das principais conclusões" é que a solução do anterior Governo [Portela mais Montijo] surge como uma das mais mal classificadas nesta avaliação.
Por fim, o primeiro-ministro demissionário avança que no próximo Conselho de Ministros será aprovada a resolução que imporá à ANA execução imediata das obras em falta no conjunto de obrigações de desenvolvimento da Portela.
De recordar que Alcochete e Vendas Novas são as duas opções identificadas pela Comissão Técnica Independente como viáveis para um novo aeroporto, juntamente com Humberto Delgado até ser possível passar para infraestrutura única.
De acordo com o relatório preliminar da comissão responsável pela avaliação ambiental estratégica para o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, que estudou nove opções, são viáveis as soluções Humberto Delgado + Campo de Tiro de Alcochete, até ficar unicamente Alcochete com mínimo de duas pistas, bem como Humberto Delgado + Vendas Novas, até ficar unicamente Vendas Novas, também com um mínimo de duas pistas.
Das duas opções, Alcochete é identificada como a solução com mais vantagem.
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