FMI afirma que Argentina precisa de banco central "forte e credível"
A diretora de comunicação do Fundo Monetário Internacional (FMI), Julie Kozack, afirmou hoje que a Argentina e o Governo liderado pelo Presidente eleito, Javier Milei, necessitam de um banco central "forte e credível" para reduzir a inflação.
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Economia FMI
Numa conferência de imprensa em Washington, Kozack disse que os preços elevados são um dos "desequilíbrios" mais importantes que o país deve resolver com urgência e que "é preciso um banco central forte e credível para reduzir a inflação".
Kozack tinha sido questionada sobre se a nomeação do economista Santiago Bausili - considerado próximo do futuro ministro da Economia, Luis Caputo - para liderar o Banco Central da Argentina poderia suscitar dúvidas sobre a independência da instituição.
"A situação económica na Argentina continua a ser desafiante e muito complexa. A inflação é muito alta e as reservas são extremamente baixas. Isto ocorre num contexto em que as condições sociais são muito frágeis", considerou Kozack.
Um dos desafios mais imediatos de Milei, que toma posse no próximo domingo, será negociar com o FMI.
A Argentina deve ao FMI cerca de 46 mil milhões de dólares (42,6 mil milhões de euros), no âmbito de um empréstimo concedido ao país em 2018 quando o Presidente argentino era o liberal Mauricio Macri (2015-2019).
Após ser eleito, em novembro, Milei deslocou-se aos Estados Unidos com uma delegação que se reuniu em Washington com uma equipa do FMI.
"A discussão centrou-se em perceber melhor os planos das autoridades que vão assumir o poder para restaurar urgentemente a estabilidade macroeconómica, bem como os planos de reformas para impulsionar as perspetivas de crescimento da Argentina a médio prazo", afirmou Kozack.
Após essa reunião "têm continuado debates positivos a nível técnico", acrescentou.
A porta-voz lembrou também que a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, falou há alguns dias por telefone com Milei e considerou que foi "uma reunião construtiva".
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