Os ministros das Pescas da UE chegaram hoje acordo sobre os totais admissíveis de capturas (TAC) das espécies geridas pelo bloco, com os ambientalistas da Oceana a saudarem a "melhoria do número de limites de captura em conformidade com os pareceres científicos no Atlântico Nordeste", assinalando em comunicado que "13% ainda estão fixados acima dos pareceres científicos".
A Oceana pediu ainda um maior esforço para a proteção de unidades populacionais ('stocks') sobre-exploradas no Mediterrâneo.
Por seu lado, a Seas at risk (Mares em risco) realçou que o acordo "não tem em conta as considerações relativas aos ecossistemas e desafiam os pareceres científicos para algumas populações de peixes, aumentando o atraso no cumprimento da obrigação legal de pesca sustentável para todas as unidades populacionais de peixes na UE".
Os ministros que tutelam as pescas na UE chegaram hoje a acordo sobre os TAC e quotas para 2024, com algumas unidades populacionais a verem as possibilidades fixadas ainda para 2025 e dois 'stocks' de solha para 2026.
Portugal assegurou hoje aumentos nas quotas de pesca para 2024 no valor comercial de 23 milhões de euros, com as capturas de pescada a subirem 12% e os cortes no linguado a recuarem para 17%.
A ministra da Agricultura, que tutela também as pescas, Maria do Céu Antunes, salientou o "balanço globalmente positivo" para Portugal, com a quota portuguesa hoje negociada nas águas do Atlântico com gestão da UE a passar das cerca de 126 mil toneladas este ano para mais de 131 mil toneladas em 2024.
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