"Tendo em conta o esforço e a resposta positiva que os trabalhadores da Autoeuropa deram às adversidades que a empresa passou nos últimos tempos, cabe agora à Administração ir ao encontro daquilo que são as nossas reivindicações", disse Rogério Nogueira.
"O caderno reivindicativo, que foi aprovado nos dias 12 e 13 de dezembro em quatro plenários por uma larga maioria dos trabalhadores, representa, no seu todo, as nossas justas e merecidas reivindicações", acrescentou.
O documento, que foi entregue na passada sexta-feira à administração da empresa, exige um aumento salarial de 8%, com base numa atualização prévia de 3% das tabelas salariais de 2021 e 2022, devido à taxa de inflação registada naqueles dois anos, bem como outras reivindicações laborais e pecuniárias.
Os trabalhadores da Autoeuropa exigem também que a empresa se comprometa a "manter a sua postura ativa de desenvolvimento e apoio a fornecedores nacionais para aumentar a incorporação nacional nos produtos da fábrica" e que garanta, até final do próximo ano, a atribuição de um "carro elétrico", que permita assegurar a estabilidade e a criação de emprego na fábrica do grupo alemão Volkswagen em Palmela.
O novo acordo laboral, que deverá ser válido até 31 de dezembro de 2024, só começa a ser negociado com a administração da Autoeuropa a partir de meados de janeiro, dado que a produção da fábrica foi interrompida no passado domingo, devido à quadra natalícia, estando o reinício da atividade previsto para dia 6 de janeiro de 2024.
Em comunicado divulgado esta semana, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE Sul), considera que a administração da fábrica da Volkswagen "não terá margem para não responder de forma positiva às justas reivindicações" dos trabalhadores, face aos resultados de anos anteriores e deste ano de 2023, em que a Autoeuropa produziu mais de 220.000 automóveis.
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