Fim do mecanismo ibérico vai ter impacto na fatura da luz? ERSE explica
Regulador explica que não se prevê qualquer impacto do fim do mecanismo ibérico na fatura da luz, já que este não é ativado desde fevereiro.
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Economia Energia
O mecanismo ibérico vai terminar no final do ano, uma vez que não vai ser prolongado, e a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) não prevê qualquer impacto deste término na fatura a pagar pelos clientes finais, em linha com o Governo.
“O mecanismo ibérico, embora vigore formalmente até 31 de dezembro de 2023, não tem sido ativado desde finais de fevereiro, já que o preço do gás natural em mercado tem sido inferior ao preço de referência estabelecido no mecanismo ibérico", explicou fonte oficial da ERSE ao Notícias ao Minuto.
Significa isto que, neste momento, o impacto do mecanismo ibérico nas faturas finais é nulo, o que quer dizer que o facto de terminar não vai influenciar os valores a pagar pelos clientes.
"Como tal, o seu impacte nas faturas dos clientes finais é nulo desde essa data, sendo que a partir de 31 de dezembro, por maioria de razão, será igualmente nulo o seu impacte na fatura dos clientes", explicou a mesma fonte do regulador.
Também contactada pelo Notícias ao Minuto, fonte oficial do Ministério do Ambiente deu uma explicação no mesmo sentido: "Não se antecipam impactos para os consumidores com o fim do mecanismo ibérico".
Em causa está o mecanismo temporário ibérico aplicado desde meados de 2022 para colocar limites ao preço médio do gás na produção de eletricidade, que no caso de Portugal e Espanha é de cerca de 60 euros por Megawatt-hora (MWh).
Este instrumento foi solicitado a Bruxelas por Portugal e Espanha devido à crise energética acentuada pela guerra da Ucrânia, que pressionou ainda mais o mercado energético na Península Ibérica, com limitada capacidade de interligação ao resto da UE.
As autoridades espanholas e portuguesas adiantaram à Comissão Europeia que a poupança líquida total tendo em conta os custos de ajustamento ascendeu a cerca de cinco mil milhões de euros entre junho de 2022 e janeiro de 2023 para os consumidores espanhóis e portugueses no seu conjunto.
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