Filial elétrica do grupo Evergrande suspende negociação de ações
A filial de veículos elétricos da construtura chinesa Evergrande, que enfrenta uma grave crise de liquidez, suspendeu hoje a negociação das suas ações na Bolsa de Valores de Hong Kong.
© Lusa
Economia Evergrande
A decisão foi tomada antes da publicação de um "anúncio relativo a informações internas", cujo conteúdo não é ainda conhecido, indicou a empresa.
As ações da Evergrande NEV caíram quase 8% desde o início do ano, depois de ter passado o prazo para fechar a venda acordada de 27,5% das suas ações à NWTN dos Emirados Árabes Unidos, por cerca de 500 milhões de dólares (457 milhões de euros).
Uma das condições impostas pela NWTN era que a Evergrande chegasse finalmente a um acordo para reestruturar a sua dívida, algo que ainda não aconteceu. A empresa vai ter nova audiência em Hong Kong no dia 29 deste mês, depois de ter conseguido um inesperado sétimo adiamento em dezembro.
No comunicado emitido a 1 de janeiro, a filial de veículos elétricos informou que vai continuar a negociar com a NWTN a possibilidade de retomar o referido acordo.
Depois de terem estado congeladas durante mais de um ano, as ações da Evergrande NEV voltaram a ser negociadas em Hong Kong no final de julho do ano passado, e desde então perderam 65,42% do seu valor. As ações estavam atualmente a ser negociadas a 0,42 dólares de Hong Kong (0,05 euros), muito longe do pico de 69 dólares de Hong Kong (8,08 euros) que atingiu em 2021.
A empresa, que até 2020 estava focada em serviços de saúde antes da aposta em carros elétricos, acumulou um valor de mercado de 86 mil milhões de dólares norte-americanos (11 mil milhões de euros) e o fundador do grupo, Xu Jiayin, disse em 2021 que o seu plano era reorientar a Evergrande para se concentrar neste setor na próxima década.
A Evergrande NEV divulgou uma perda combinada de quase 84 mil milhões de yuans (mais de 10 mil milhões de euros) entre 2021 e 2022, e no primeiro semestre de 2023 reduziu o seu resultado negativo para cerca de 7 mil milhões de yuans (947 milhões de euros).
O colapso do grupo Evergrande, uma das maiores construtoras da China, marcou o início da crise no setor imobiliário do país. O passivo da empresa ascende a 328 mil milhões de dólares (307 mil milhões de euros).
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