Marco Galinha diz que ajudar a Lusa é apoiar os media em Portugal
O ex-presidente executivo da Global Media Marco Galinha lamentou hoje o facto de não ser tido concretizada a venda da participação da Global Media (GMG) na agência de notícias, considerando que "ajudar a Lusa é ajudar Portugal".
© Lusa
Economia Global Media Group
Marco Galinha falava na comissão parlamentar de Cultura, comunicação, Juventude e Desporto, numa audição no âmbito do requerimento do Bloco Esquerda (BE) sobre a situação na Global Media Group (GMG).
No final de novembro, o Governo anunciou que o processo de compra, pelo Estado, de 45,7% da agência Lusa, pertencentes à Global Media e à Páginas Civilizadas, tinha falhado por "falta de um consenso político alargado".
"Ajudar a Lusa é ajudar Portugal", afirmou Marco Galinha, salientando que "havia contratos trocados em 'mails' com as pessoas mais importantes deste país, estava tudo combinado e tudo fechado" e o negócio "caiu", lamentou.
"Isto era um mecanismo para ajudar todos os media", apontou o gestor, líder do grupo Bel, referindo estar habituado "à gestão empresarial e não é gestão de política".
"Estava tudo fechado, porque é que se cancelou?", questionou o gestor, que recordou que "era suposto" a Lusa sair da GMG antes do fundo WOF - World Opportunity Fund entrar.
"Neste país houve pessoas que não fizeram férias para resolver o tema da Lusa", insistiu Marco Galinha, considerando que o facto de o negócio não se ter concretizado levou a que se tivesse perdido um "mecanismo muito importante" para os media.
"A Global não precisava de vender a Lusa, mas estava no plano", disse, e "aquele dinheiro era preciso para fazer face ao 'gap' [diferencial] de necessidades de capital".
Marco Galinha acrescentou que nunca mais voltou à Global desde que vendeu à maioria do capital, mas que está disposto a voltar "a ajudar com uma equipa", mas tem "de ouvir o fundo".
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