Funcionários do Banco Africano de Desenvolvimento regressam à Etiópia
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou hoje o regresso dos funcionários internacionais à Etiópia, um mês depois de terem abandonado o país, após o ataque a dois dos seus elementos pelas forças de segurança.
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Economia BAD
O BAD "recebeu um pedido de desculpas formal do primeiro-ministro, em nome do Governo etíope, com garantias firmes no que respeita à segurança dos seus funcionários", declarou a entidade, em comunicado.
O pedido de desculpas surge na sequência de uma reunião realizada em Adis Abeba, no final de dezembro, entre o Presidente do BAD, o nigeriano Akinwumi Adesina, e o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed.
O BAD retirou os seus funcionários internacionais da Etiópia, a 20 de dezembro, depois de dois dos colaboradores terem sido agredidos pelas forças de segurança etíopes.
A organização explicou que os dois funcionários tinham sido "ilegalmente detidos, agredidos fisicamente e detidos durante várias horas por membros das forças de segurança sem qualquer explicação oficial".
O BAD não especificou a identidade das vítimas, mas fontes diplomáticas, em Adis Abeba, indicaram que uma delas era o diretor na Etiópia, Abdul Kamara, executivo que era, também, diretor-geral adjunto para a África Oriental. Kamara deixou o país após o incidente.
Na sexta-feira, o BAD disse estar "encantado e tranquilo" com o "firme compromisso demonstrado pelo primeiro-ministro Abiy Ahmed" para quebrar o "impasse que se seguiu ao incidente".
O BAD, com sede em Abidjan, foi criado em 1964 para financiar os esforços de desenvolvimento em África. Para além dos países da União Africana, são membros cerca de 20 países não africanos, incluindo os Estados Unidos, China, França, Alemanha, Reino Unido, Japão e Índia.
No final de setembro, os investimentos do BAD, na Etiópia, totalizavam 1,24 mil milhões de dólares (1,14 mil milhões de euros), repartidos por 22 projetos.
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