GMG. Trabalhadores que tinham salário de dezembro em atraso já receberam

Os trabalhadores da Global Media que tinham o salário de dezembro em atraso já receberam, confirmou hoje à Lusa fonte oficial do GMG, depois do grupo Bel ter dado uma garantia à Vasp para adiantar dinheiro ao grupo.

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Lusa
25/01/2024 15:59 ‧ 25/01/2024 por Lusa

Economia

Global Media

Contactada pela Lusa, fonte oficial do Global Media Group (GMG) confirmou que "todos os funcionários do grupo que tinham o salário de dezembro em atraso receberam".

Anteriormente, a Lusa tinha noticiado que os trabalhadores do DN e JN já tinham recebido os salários do mês passado, informação confirmada junto de vários jornalistas. Uma das pessoas contactadas especificou à Lusa que o pagamento diz respeito apenas ao vencimento do mês passado e não inclui o subsídio de Natal.

O grupo detém, além do DN e JN, títulos como o Dinheiro Vivo e O Jogo, entre outros.

O Grupo Bel deu uma garantia à Vasp para adiantar dinheiro à Global Media com o objetivo de pagar os salários de dezembro dos trabalhadores do grupo, disse na quarta-feira à Lusa fonte ligada ao processo.

"Os trabalhadores dos títulos da Global Notícias continuam, ao dia 23 de janeiro, sem receber os salários de dezembro, o subsídio de Natal, em alguns casos o subsídio de férias e, no caso dos colaboradores (prestadores de serviços), os pagamentos de novembro", referiam na quarta-feira os delegados sindicais da Global Media Group (GMG), em comunicado divulgado ao final da tarde.

Entretanto, depois ter de sido conhecido que a assembleia-geral da GMG, que entre os pontos da ordem de trabalhos está a destituição do atual Conselho de Administração, se realiza em 19 de fevereiro, os delegados sindicais manifestaram-se surpreendidos e indignados com a data.

De acordo com a informação da ERC, a participação efetiva da Páginas Civilizadas na GMG é de 50,25% do capital e dos direitos de voto. Esta posição é calculada a partir da soma da detenção direta de 41,51% e da indireta, através da Grandes Notícias Lda, de 8,74%.

O fundo WOF tem uma participação de 25,628% do capital social e dos direitos de voto da GMG.

Por sua vez, o Grupo Bel, de Marco Galinha, diretamente e através das suas sociedades Norma Erudita, Lda., e Palavras de Prestígio, Lda., detém uma participação efetiva de 24,623% do capital social e dos direitos de voto da dona do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), TSF, O Jogo, Dinheiro Vivo, Açoriano Oriental, entre outros.

A KNJ, de Kevin Ho, detém 29,350% e José Pedro Soeiro 20,400%.

Resumindo, a Global Media é detida diretamente pela Páginas Civilizadas (41,510%), KNJ (29,350%), José Pedro Soeiro (20,400%) e Grandes Notícias (8,740%).

Na semana passada, o World Opportunity Fund, que tem o controlo de gestão da GMG, informou da sua indisponibilidade em transferir dinheiro para pagar os salários em atraso até uma decisão do regulador ERC e de um alegado procedimento cautelar.

Em 06 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva da GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".

Em 21 de setembro, o WOF adquiriu uma participação de 51% na empresa Páginas Civilizadas.

Leia Também: Lusa rejeita "uso abusivo" do seu nome em conteúdos sobre a Global Media

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