Taxa de desemprego no Brasil em dezembro atingiu menor índice desde 2014

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2023, a mais baixa para o período desde 2014, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Lusa
31/01/2024 16:11 ‧ 31/01/2024 por Lusa

Economia

IBGE

O dado representou um recuou de 0,3 pontos percentuais face ao trimestre de julho a setembro de 2023 (7,7%) e uma queda de 0,5 pontos percentuais face ao mesmo trimestre de 2022 (7,9%).

Com o resultado, a taxa média anual do índice de desemprego no Brasil foi de 7,8% em 2023, o que representa uma retração de 1,8 pontos percentuais frente à média de 2022, que foi de 9,6%.

Os resultados refletiram a tendência de queda do desemprego no Brasil desde o recorde registado no terceiro trimestre de 2020 (14,9%), quando o desemprego disparou devido à crise económica causada pela pandemia de covid-19.

"A queda da taxa de desocupação ocorreu fundamentalmente por uma expansão significativa da população ocupada, ou seja, do número de pessoas trabalhando, chegando ao recorde da série, iniciada em 2012", explicou, em comunicado, Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

A população trabalhadora no país sul-americano entre novembro e dezembro do ano passado chegou a 101 milhões de pessoas, o que representou um crescimento de 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) na comparação com o trimestre anterior e 1,6% (mais 1,6 milhões de pessoas) na comparação interanual.

"Destaca-se, ainda, o aumento do número de carteira assinada [com contrato de trabalho formal], que chega ao seu maior nível da série", complementou Adriana Beringuy.

O número de empregados com contrato formal de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) teve uma subida de 1,6% no trimestre encerrado em dezembro e de 3% no ano passado, atingindo o pico da série da estatística do IBGE.

Os dados hoje divulgados pelo órgão responsável pelas estatísticas do Governo brasileiro também apresenta um aumento disseminado dos setores empregadores, na comparação com o trimestre anterior.

"Houve expansão em diversos segmentos. Nos últimos resultados, notávamos um movimento mais concentrado no setor de serviços. Para este trimestre encerrado em dezembro, indústria e construção também contribuíram significativamente", afirmou Adriana Beringuy.

Segundo o IBGE, a taxa de pessoas a trabalhar sem contrato passou de 38,8% do total de empregados no último trimestre de 2022 para 39,1% no mesmo período de 2023, o que significa que 39,5 milhões de brasileiros são trabalhadores informais.

A melhoria do mercado de trabalho no Brasil refletiu o crescimento da economia em 2023, que deve registar uma subida de cerca de 3%, segundo as últimas previsões.

Leia Também: Criação de empregos formais no Brasil diminuiu em 2023

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