O ministro das Finanças, Fernando Medina, sublinhou esta quinta-feira que os dados da dívida pública hoje divulgados revelam o melhor resultado desde 2009 e retiram Portugal do grupo dos países mais endividados.
"Este resultado é o melhor desde 2009, desde há 14 anos, fazendo-nos recuperar algo que não tínhamos antes das crises", disse Medina, em conferência de imprensa.
A redução da dívida em percentagem do PIB, explicou Medina, foi "acompanhada de uma queda da dívida pública em valor real, devemos hoje menos" do que no ano passado.
Com este resultado, "saímos claramente do grupo dos países mais endividados da Europa", acrescentou Medina, adiantando que estes números dão "confiança para o futuro dos portugueses".
O ministro das Finanças agradeceu à sua equipa, aos seus antecessores e, por fim, dirigiu-se aos portugueses dizendo que estes resultados são um "tributo aquilo que os portugueses sempre nos sinalizaram como sendo essencial que assegurássemos: segurança, confiabilidade, estabilidade, previsibilidade no futuro, proteger o país de crises".
"Menos dívida pública é mais liberdade para o país", rematou o ministro das Finanças.
O rácio da dívida pública caiu abaixo dos 100% do PIB em 2023, fixando-se em 98,7%, o valor mais baixo desde 2009, revelam os dados publicados hoje pelo Banco de Portugal (BdP).
O peso da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB) reduziu-se 13,7 pontos percentuais (pp.) face aos 112,4% registados em 2022, ficando abaixo dos 103% oficialmente previstos pelo Governo e atingindo um ano antes o rácio projetado para 2024 (98,9%). Este é também o rácio mais baixo desde 2009, quando se fixou em 87,8%.
Também esta quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, destacou que Portugal terminou o ano passado com "o maior" crescimento económico da União Europeia, com uma dívida abaixo dos 99% do PIB e com o emprego "em máximos".
Comissão Europeia felicita Portugal por dívida pública abaixo de 100% do PIB
O comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, deu hoje os "parabéns" a Portugal pelo "feito impressionante" da redução da dívida pública nacional, em 2023, para um valor abaixo 100% do PIB.
"Parabéns, Portugal", escreveu Gentiloni na rede social X, salientando que "uma redução de 35 pontos [percentuais] em quatro anos é um feito impressionante e um testemunho dos esforços desenvolvidos, desde a crise financeira para construir uma economia mais sustentável, competitiva e inclusiva".
Parabéns Portugal!
— Paolo Gentiloni (@PaoloGentiloni) February 1, 2024
Bringing public debt below 100% of GDP - a reduction of 35 points in four years - is an impressive achievement and a testament to the efforts made since the financial crisis to build a more sustainable, competitive and inclusive economy.
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