Christine Ourmiéres-Widener, a antiga CEO da TAP que processou a companhia aérea no seguimento do seu despedimento, quebrou o silêncio e diz ter sido vítima de "chantagem", adiantando que "não está a fugir de nada", nem das "eleições".
Numa entrevista à CNN Portugal, que será transmitida esta segunda-feira à noite, Christine Ourmiéres-Widener revelou que está sozinha e defende-se das acusações:
"Estou sozinha, não sou um monstro. Sou uma mulher de negócios. Estou aqui para falar do que fiz. Aquilo foi chantagem", disse Ourmiéres-Widener.
De todo este processo, a antiga CEO da TAP revela ainda ter retirado uma lição: "Nunca mais trabalhar para uma companhia aérea do Estado".
De recordar que Christine Ourmières-Widener reclama 5,9 milhões de euros à TAP. O Governo anunciou, a 6 de março, que a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) tinha concluído que o acordo celebrado para a saída antecipada de Alexandra Reis da TAP era nulo e que ia pedir a restituição dos valores.
Christine Ourmières-Widener foi exonerada por justa causa, em abril de 2023, no seguimento da polémica indemnização de meio milhão de euros a Alexandra Reis, que levou à demissão de Pedro Nuno Santos e Hugo Mendes e à constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão da companhia aérea.
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