Crescimento económico de Moçambique desacelerou no final de 2023
O crescimento económico em Moçambique desacelerou ligeiramente no quarto trimestre de 2023, para o equivalente a 5,36% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados do banco central e do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados hoje.
© Lusa
Economia Moçambique
De acordo com o Banco de Moçambique, esse crescimento compara com os 5,92% no trimestre anterior, que se seguiu aos aumentos de 4,67% no período de abril a junho e de 4,17% de janeiro a março, o que se traduz num crescimento económico médio em 2023 pouco acima de 5% do PIB.
A ligeira redução, de 0,56 pontos percentuais face ao trimestre anterior, resulta essencialmente do "crescimento menos acentuado da indústria extrativa" e pelo "desempenho negativo da indústria transformadora", explicou o banco central, citando o INE.
O Governo moçambicano anunciou na terça-feira que o país registou um crescimento económico de 5% em 2023 face a 4,4% em 2022, destacando uma "expansão económica" que superou a média regional da Comunidade de Desenvolvimento da África do Sul (SADC).
"O crescimento económico para 2023 atingiu 5%, em comparação com 4,4% em 2022, impulsionado pelas indústrias extrativas, turismo, agricultura, transporte e comunicações, entre outros", declarou Ludovina Bernardo, porta-voz do Governo, momentos após uma reunião do Conselho de Ministros em Moçambique, onde foi realizado o balanço do Plano Económico e Social e do Orçamento do Estado (PESOE) 2023.
Segundo o executivo moçambicano, o crescimento resultou de políticas e reformas aplicadas durante o ano, sobretudo as reformas económicas adotadas para uma "maior dinâmica" nas atividades económica no setor privado e na atração de investimentos.
"Neste contexto, observou-se uma tendência positiva na inflação média, que registou 7,1% contra uma previsão inicial de 11,5%. As reservas internacionais líquidas ficaram acima dos três meses previstos no PESOE e alcançaram a marca dos 4,3 meses para a cobertura das importações de bens e serviços não fatoriais, traduzindo-se em maior credibilidade e maior capacidade de absorção de choques na balança de pagamentos", acrescentou Ludovina Bernardo.
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