O excedente externo de 2023 correspondeu a 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e, segundo o BdP, é o "terceiro mais elevado da série e o mais elevado desde 2013".
Em 2022, a economia portuguesa teve um défice externo de quase 500 milhões de euros, correspondendo a 0,2% do PIB.
A balança de bens e serviços teve, em 2023, um saldo positivo de 3.300 milhões de euros (1,2% do PIB), com o excedente da balança de serviços a superar o défice registado na balança de bens. Em 2022, a balança de bens e serviços tinha tido um défice de 4.700 milhões de euros (1,9% do PIB).
O défice da balança de bens diminuiu 1.700 milhões de euros relativamente a 2022, com as importações a caírem a um ritmo superior ao das exportações (-3,0% e -1,8%, respetivamente), o que, diz o BdP, "resultou, em parte, da evolução dos preços verificada em 2023".
Já na balança de serviços o aumento das exportações foi superior ao aumento das importações, tendo o excedente da balança de serviços crescido 6.300 mil milhões de euros.
O BdP indica que tanto o saldo como as exportações e as importações de serviços "se situaram acima dos valores pré-pandemia, tendo sido os mais elevados de toda a série".
As exportações e as importações de viagens e turismo atingiram mesmo em 2023 "os valores mais elevados de toda a série", tendo aumentado, respetivamente, 19% e 14% face a 2022.
As exportações de viagens e turismo foram de 25,1 mil milhões de euros e as importações de viagens e turismo de 6,3 mil milhões de euros, no ano passado. O saldo da rubrica de viagens e turismo cresceu 3.200 milhões de euros em 2023 face a 2022.
Os turistas residentes no Reino Unido, em França e na Alemanha foram os que contribuíram com as maiores receitas turísticas de Portugal em 2023.
Por fim, a balança de rendimento primário aumentou o défice para 4.830 milhões de euros, a balança de rendimento secundário diminuiu o excedente para 5.201 milhões de euros e o saldo da balança financeira foi de 8.000 milhões de euros.
[Notícia atualizada às 12h19]
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