Às 12h30 em Lisboa, o barril de Brent para entrega em maio estava a cotar-se a 85,78 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 0,52% que na sexta-feira e depois de ter chegado hoje a ser transacionado a 86,29 dólares.
O barril de petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI), o mais utilizado no mercado norte-americano, também atingiu hoje níveis de novembro, já que foi negociado hoje a 81,58 dólares.
O diretor executivo da ActivTrades Europe, Ricardo Evangelista, afirma que "as preocupações com o abastecimento foram exacerbadas no fim de semana, após ataques adicionais às refinarias russas, resultando numa redução estimada de 7% na produção do país".
"Por outro lado, as previsões da procura foram revistas em alta, apoiadas pelas expectativas de taxas de juro mais baixas nos EUA no primeiro semestre do ano e por uma recuperação económica global", acrescenta, numa análise à subida do preço do petróleo.
Ricardo Evangelista estima que tendo em conta que a Agência Internacional de Energia prevê agora um défice de oferta em 2024, o preço do barril deverá manter-se em alta, com a reunião da Fed desta semana a ocupar o centro das atenções.
"Qualquer indicação de um potencial corte nas taxas no primeiro semestre do ano poderá impulsionar ainda mais os preços", prevê Evangelista.
Quanto ao gás natural Ttf, estava a ser negociado a 28,64 euros por megawatt-hora, mais 4,15% que no final da sessão de sexta-feira.
Esta evolução segue-se à subida de 4% do petróleo Brent na semana passada e à subida de 7% da produção industrial chinesa em fevereiro último, quando o desemprego chinês aumentou duas décimas de ponto percentual, coincidindo com o Ano Novo.
As vendas a retalho na China caíram quase dois pontos para 5,5%.
[Notícia atualizada às 14h39]
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