É difícil pagar contas para 3 em 4 famílias. Que despesas mais subiram?

Barómetro da DECO PROteste revela que 75% admitiu ter dificuldades para saldar as suas contas e 7% das famílias encontravam-se em situação crítica.

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Notícias ao Minuto
20/03/2024 ‧ 20/03/2024 por Notícias ao Minuto

Economia

finanças pessoais

Três em cada quatro famílias portuguesas tiveram dificuldades em pagar as contas em 2023, de acordo com um Barómetro DECO PROteste divulgado esta quarta-feira. 

"De acordo com o último Barómetro anual DECO PROteste - que visa medir a capacidade de as famílias portuguesas pagarem as despesas do dia-a-dia em seis áreas: alimentação, educação, habitação, lazer, mobilidade e saúde e contou com quase sete mil inquiridos em Portugal - 75% admitiu ter dificuldades para saldar as suas contas e 7% das famílias encontravam-se em situação crítica", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.

A crise habitacional, explica a organização, "emerge como um dos principais fatores no aperto financeiro das famílias portuguesas, suprimindo qualquer alívio proporcionado pela descida da inflação".

"O aumento das taxas de juro é uma das razões pelas quais quase 28% das famílias enfrentam dificuldades para pagar os seus empréstimos bancários. Também o valor das rendas contribuiu para as dificuldades sentidas: 23% dos inquilinos lutam para cumprir o pagamento das rendas das suas habitações", pode ler-se.

Acrescenta ainda a DECO PROteste que "embora as despesas com mobilidade, saúde e alimentação tenham melhorado face ao ano anterior, a inflação continua a afetar negativamente um número considerável de portugueses".

"Cerca de um terço (31%) das famílias revela sentir "muito mais" dificuldades em pagar despesas essenciais, enquanto 4% afirmam que é uma missão impossível. Apenas uma minoria (6%) não sentiu o impacto da subida dos preços dos bens", é ainda referido. 

Alentejo e Centro são apontadas como as regiões onde se vive com mais dificuldades, sendo Castelo Branco o distrito que tem mais problemas financeiros e Bragança onde se vive com maior desafogo.

Estas foram as 10 despesas que mais aumentaram:

  1. Renda da casa (mais 11% face a 2022)
  2. Restaurantes (+7%)
  3. Empréstimo (+6%)
  4. Férias Grandes (+6%)
  5. Livros,streaming (+4%)
  6. Educação superior (+4%)
  7. Concertos, teatro, cinema, museus (+4%)
  8. Atividades desportivas (+4%)
  9. Saúde (+4%)
  10. Vegetais e fruta (+4%)

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