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Banca critica multiplicação de reporte de dados. BdP admite demora

A multiplicação de reporte de dados aos supervisores suscitou hoje críticas da banca, com o Banco de Portugal (BdP) a apontar melhorias no futuro, mas admitindo demoras, num debate que se realizou no Porto.

Banca critica multiplicação de reporte de dados. BdP admite demora
Notícias ao Minuto

19:55 - 21/03/24 por Lusa

Economia BdP

No debate, que teve lugar na Faculdade de Economia do Porto (FEP), alguns responsáveis da banca debateram com o BdP a forma como é efetuada a regulação e supervisão, lamentando a complexidade e os custos que tem para as instituições.

"É difícil, mandamos dados para toda a gente, repetimos os dados", lamentou Nuno Amado, presidente do Conselho de Administração do BCP, dizendo que a multiplicação de supervisores, por exemplo, "podia ser mais bem articulada".

Em resposta, Clara Raposo, vice-governadora do Banco de Portugal disse que esperava mudanças nesta questão, com centralização da informação, mas alertou para a demora nesta área, indicando que "os trabalhos de negociação europeia são muito difíceis".

Nuno Amado apontou ainda os níveis de exigência de dados, que já obrigaram a duplicar a equipa com estas funções no BCP.

Clara Raposo, por sua vez, disse compreender que o "esforço das instituições é muito grande", realçando, ao mesmo tempo, que o número de funcionários do BdP se tem mantido semelhante. Ainda assim, para a vice-governadora, o resultado de uma maior regulação é um sistema bancário mais robusto, em relação à crise que se instalou por volta de 2008.

Deu o exemplo da redução dos créditos não produtivos (NPL) no balanço dos bancos e a melhoria de vários outros indicadores.

Nuno Amado alertou, no entanto, que hoje o banco que lidera tem "excesso de capital" e um nível de NPL baixo, mas não tem mercado.

Clara Raposo reconhece aspetos negativos no reforço da supervisão destacando a "complexidade do processo", mas realçou que os supervisores acompanham agora "de forma muito mais próxima" o dia-a-dia das instituições financeiras.

No mesmo debate, João Carvalho das Neves, membro executivo do Conselho de Administração do Montepio -- Associação Mutualista, apontou o elevado custo com o 'compliance' (cumprimento de todas as regras e leis), indicando estudos que apontam gastos de mais de 200 milhões de dólares em 2022.

Já João Loureiro, membro não executivo no Conselho de Administração do Banco CTT, mas que disse estar a falar na sua qualidade de professor da FEP, referiu que os "supervisores têm uma tendência natural a ir para além do necessário", realçando que esta atitude "é normal", porque quando há um problema na banca são os primeiros a ser responsabilizados.

Leia Também: Economia portuguesa melhora excedente externo para 1.071 milhões

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