No Boletim Económico de março, o regulador bancário revela-se mais otimista face a dezembro sobre um dos principais motores do crescimento da economia portuguesa, para a qual espera uma expansão de 2,4% este ano.
A entidade liderada por Mário Centeno aponta para um crescimento das exportações de 3,5% este ano e de 4% em 2025, quando anteriormente previa uma taxa de 2,4% e 4%, respetivamente.
Ainda assim, a taxa de crescimento desacelera face aos 4,2% registados em 2023, refletindo a evolução da procura externa e ganhos de quota de mercado mais moderados.
A influenciar este desempenho está um crescimento anual da componente de serviços de 4% em 2024--25 e de 3,3% em 2026, com o turismo a manter este ano "um dinamismo superior ao do total das exportações".
"As perspetivas para o setor a nível mundial mantêm-se favoráveis e, num contexto de elevados riscos geopolíticos, as exportações de serviços deverão continuar a beneficiar da perceção de Portugal como destino turístico seguro", justifica.
Já as exportações de bens deverão recuperar, crescendo 3,2% em 2024 e 3,7%, em média, nos anos seguintes.
O grau de abertura da economia - avaliado pela soma das exportações e das importações em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) -- deverá continuar a aumentar, atingindo 95% no final do horizonte, o que compara com 91% em 2023 e 86% em 2019.
Já o investimento, outro dos motores do avanço da economia, deverá aumentar 3,6% este ano e 4,8%, em média, em 2025-26, com a recuperação da procura global, o alívio gradual das condições de financiamento e a maior execução financeira do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e de outros fundos europeus.
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