BE propõe voto de pesar pela morte de sete trabalhadores de ONG em Gaza
O BE apresentou hoje no parlamento português um projeto de voto de pesar pela morte de sete trabalhadores da organização humanitária World Central Kitchen na sequência de um ataque das forças israelitas na Faixa de Gaza das forças israelitas.
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Política World Central Kitchen
"A 01 de abril de 2024, sete trabalhadores da organização humanitária World Central Kitchen foram assassinados pelas forças armadas israelitas em Gaza, conforme já reconhecido pelo Governo do Estado de Israel. Estas pessoas encontravam-se em missão humanitária de preparação e distribuição de refeições em Gaza onde está em curso um genocídio", pode ler-se no texto a que agência Lusa teve acesso.
Segundo o projeto de voto de pesar dos bloquistas, "os sete elementos da organização humanitária faziam parte de um grupo que viajava em três veículos blindados, devidamente assinalados com o logótipo da organização, numa viagem que ocorreu após a coordenação dessa deslocação com o exército israelita".
"Nem isso impediu que tivessem sido vítimas de um ataque aéreo mortal", condena.
Segundo o texto, "devido ao ataque que sofreu, a organização humanitária suspendeu as suas operações, provocando ainda o regresso ao Chipre de um navio com 240 toneladas de ajuda humanitária".
"Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pela morte de Damian Soból, Jacob Flickenger. James Henderson, James Kirby, John Antony Chapman, Lalzawmi "Zomi" Frankcom e Saifeddin Issam Ayad Abutaha", propõe o BE neste voto de pesar.
Para os bloquistas, "o assassinato de elementos de organizações de ajuda humanitária é um ataque aos seus trabalhadores, à organização em causa, mas também a todas as organizações humanitárias que operam em cenários de guerra e, de forma mais ampla, ao direito internacional humanitário".
"Este ataque volta a colocar em evidência que as forças armadas israelitas usam a fome como arma de guerra e que procuram intimidar todas as organizações não governamentais que permanecem na Faixa de Gaza", condena.
O ministro da Segurança Nacional israelita, o extremista Itamar Ben Gvir, criticou hoje o Exército pela demissão de dois oficiais na sequência do ataque que matou sete trabalhadores humanitários na Faixa de Gaza.
O Exército israelita anunciou hoje a demissão de dois oficiais e repreensões a outros três, incluindo o chefe de operações do Comando Sul, pelo ataque à caravana de veículos da organização humanitária World Central Kitchen (WCK), que matou sete dos seus membros na passada segunda-feira.
Segundo o Exército israelita, o ataque deveu-se a "erro graves" dos militares, ao acreditarem que dois milicianos armados do movimento islamita Hamas estavam integrados na caravana humanitária.
Por seu lado, a organização fundada pelo 'chef' espanhol José Andrés afirmou que as conclusões da investigação israelita "oferecem pouco consolo às famílias das vítimas e à família global da WCK" e exigiu que sejam tomadas melhores e maiores medidas para garantir a segurança dos trabalhadores humanitários.
A organização não-governamental (ONG) pediu ainda a criação de uma comissão de inquérito independente.
A morte dos funcionários da WCK, que presta ajuda alimentar na Faixa de Gaza, gerou uma consternação generalizada, e a União Europeia, Estados Unidos e dezenas de países exigiram explicações de Telavive.
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