Responsáveis defendem que UE deve ter políticas ativas de habitação

O comissário europeu do Emprego e Direitos Sociais, Nicolas Schmit, e o presidente do Comité Económico e Social Europeu, Oliver Röpke, defenderam hoje que a Europa deve ter políticas mais ativas quanto à habitação em face da atual crise.

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Lusa
12/04/2024 11:49 ‧ 12/04/2024 por Lusa

Economia

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"Estamos a enfrentar uma crise da habitação na Europa. Há, nas cidades, nas regiões, por toda a Europa, milhões de pessoas que estão a ter dificuldades em arranjar um lugar acessível para viver. Acho que isto tem de ser abordado. Sei que isto é, sobretudo um assunto da competência nacional, local e regional, mas a Europa tem de fazer a sua parte", disse hoje Nicolas Schmit.

O comissário europeu falava na abertura do segundo dia do Fórum da Coesão, que decorre entre quinta-feira e hoje em Bruxelas.

Nicolas Schmit defendeu, precisamente, que as questões da habitação devem "passar a fazer parte", ainda mais, da política de coesão da União Europeia.

"Já faz, mas temos que aumentar as atividades e fundos dedicados a políticas ativas de habitação, de forma a abordar esta crise", vincou.

Segundo o responsável do executivo europeu, quanto à habitação "há uma procura forte de parceiros, parceiros sociais e outras autoridades, especialmente as locais", para abordar os problemas relacionados com este assunto.

"Tivemos várias reuniões com o Comité das Regiões e com o Comité Económico e Social Europeu [CESE], onde vimos que o assunto está lá e há essa procura de que a Europa faça mais", acrescentou ainda.

Precisamente o presidente do CESE, Oliver Röpke, num outro painel, manifestou concordância com as posições de Nicolas Schmit, antevendo que "a política da habitação irá ter um papel crescente, de maior importância, ao nível europeu".

"Tive o privilégio de estar numa das últimas reuniões dos ministros da Habitação, e houve um acordo alargado de que mais ou menos todos os países na Europa estão a enfrentar este desafio da falta de habitação acessível. Penso que a Europa tem de ter um papel nisto", advogou Röpke.

O responsável do CESE lembrou que no continente europeu ainda há "um número signficativo de pessoas em risco de pobreza e exclusão, especialmente os mais vulneráveis, com maiores taxas de desemprego: mulheres, jovens, migrantes".

"Precisamos de investimentos-chave em qualificação, no emprego. Aqui, a política de coesão tem um papel, além da transição verde e digital", assinalou.

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