Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones recuou 1,49%, o tecnológico Nasdaq perdeu 2,04% e o alargado S&P500 cedeu 1,57%.
Ao fim de cinco meses consecutivos de ganhos, Wall Street registou o seu primeiro mês de perdas.
"Tivemos hoje quatro números" sobre a economia norte-americana "e nenhum foi favorável ao mercado acionista", resumiu Steve Sosnick, da Interactive Brokers, em declarações à AFP.
Na véspera de uma decisão monetária por parte da Reserva Federal (Fed), o índice do custo do emprego progrediu mais rápido do que previsto no primeiro trimestre, em 1.2%, no que foi o ritmo mais rápido desde há ano e meio.
Por outro lado, os preços do imobiliário, segundo o índice Case Shiller, permaneceram em alta acentuada [seis por cento em ritmo anual em fevereiro] devido às taxas elevadas do crédito imobiliário e do nível escasso de bens à venda.
O índice de atividade na região muito industrial de Chicago voltou a contrair-se, para os 37,9 pontos, no que foi o seu quinto declínio mensal consecutivo.
Por fim, a confiança dos consumidores, medida pelo Conference Board em abril, baixou para 97 pontos, o valor mais baixo desde há 17 meses, em vez de ficar nos esperados 103,5 pontos esperados.
"Nada de tudo isto é um bom cenário para as ações. Não defendo que a estagflação esteja aqui, mas tenciono empregar o termo cada vez mais", disse Sosnick, aludindo a um estado da economia que conjuga um crescimento fraco ou nulo com uma inflação forte.
Os rendimentos obrigacionistas subiram para 4,68%, dos 4,61% da véspera, e o dólar reforçou quando parece afastar-se o início da baixa da taxa de juro de referência da Fed.
A conferência de imprensa do presidente da Fed, Jerome Powell, na quarta-feira, depois da reunião do Comité de Política Monetária (FOMC, na sigla em Inglês), vai permitir ter mais informação sobre a intenção do banco central.
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