Governo diz ter detetado "situações preocupantes" nas contas públicas
O ministro das Finanças estimou em cerca de 600 milhões de euros o défice registado até ao final do primeiro trimestre deste ano e acusou o anterior Governo de ter aumentado despesa já depois das últimas eleições legislativas.
© Lusa
Economia Conselho de Ministros
O Governo anunciou, esta quinta-feira, que detetou "situações preocupantes" nas contas públicas, contrariando a ideia que o executivo anterior queria passar. O anuncio foi feito depois do Conselho de Ministros.
"O anterior Governo procurou passar a ideia ao país de que as contas públicas estavam bastante bem. Não é essa a realidade com que nos deparamos", disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.
Já antes, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, tinha indicado que o Conselho de Ministros analisou as contas públicas e detetou "situações preocupantes".
"A somar a uma enorme degradação dos serviços públicos, temos uma situação orçamental muito mais exigente do que o anterior Governo tinha declarado aos portugueses", acrescentou o ministro das Finanças.
Miranda Sarmento diz que há decisões que "não têm cabimento orçamental".
Entretanto, o PSD já disse que quer chamar "de forma urgente" ao Parlamento o anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, para que este justifique aquilo que o PSD diz ter sido despesa "irresponsável e negligente", registado já depois das eleições legislativas. "Espero que ele aceite", disse Hugo Soares.
Défice atingiu em março cerca de 600 milhões de euros
O ministro das Finanças estimou em cerca de 600 milhões de euros o défice registado até ao final do primeiro trimestre deste ano e acusou o anterior Governo de ter aumentado despesa já depois das últimas eleições legislativas.
"A situação orçamental é bastante pior do que o anterior Governo tinha anunciado", declarou Joaquim Miranda Sarmento no final da reunião do Conselho de Ministros, dizendo que aos 300 milhões de euros de défice registados na última síntese de execução orçamental importa somar mais outros 300 milhões de euros em resultado do aumento das dívidas a fornecedores.
De acordo com o titular da pasta das Finanças, alguns dos aumentos de despesa verificados foram feitos já depois das eleições legislativas antecipadas de 10 de março passado.
[Notícia atualizada às 12h46]
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