"A execução orçamental de 2023 foi marcada por uma queda nas receitas e acréscimo de despesa nos subsídios à energia, mas a perspetiva de evolução continua positiva; antecipamos um crescimento de 7,1% para este ano, menos que os 8,3% previstos anteriormente, devido à atividade económica mais fraca por causa do contexto eleitoral e dos atrasos para dezembro de 2024 da produção de gás", diz o FMI.
No comunicado divulgado hoje, no final da missão ao país para preparar a segunda revisão do programa de ajustamento financeiro em curso, o Fundo afirma que "a economia do Senegal provou ser resiliente mesmo apesar dos desafios", crescendo 4,6% no ano passado, num contexto de tensões políticas decorrentes do adiamento das eleições presidenciais e de pressões externas.
No texto, o FMI alerta que, apesar de o programa de ajustamento financeiro estar no bom caminho, é preciso mais para o Senegal, país da África Ocidental que faz fronteira com a Guiné-Bissau e é o mais próximo de Cabo Verde, cumprir as metas para este ano.
"Cumprir o défice orçamental de 3,9% do PIB este ano vai requerer medidas ambiciosas para reduzir as isenções fiscais e melhorar a despesa pública" no Senegal, disse o líder da missão, Edward Gemayel.
"São precisos mais esforços para avançar a agenda de reformas estruturais, nomeadamente a revisão da fórmula de cálculo do preço do petróleo, e uma auditoria da companhia pública de eletricidade para implementar uma nova estrutura de tarifas", concluiu o FMI.
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