No relatório mensal de maio sobre o mercado petrolífero, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) garante que esta mudança não só demonstra "solidariedade e unidade" no seio do grupo denominado OPEP+, como também "ajudará a eliminar mal-entendidos e interpretações erróneas".
O relatório indica que a procura dos países que participam na Declaração de Cooperação (DoC), designação oficial da OPEP+, será de 43,2 milhões de barris por dia em 2024, mais 2% do que no ano passado.
Esta quantidade é equivalente a 41,3% de toda a procura mundial de petróleo este ano, que a OPEP estima em 104,5 milhões de barris por dia, sem alterações em relação à previsão do mês passado.
Em 2025, o mercado necessitará de 44 milhões de barris por dia dos doze países da OPEP e dos dez parceiros, incluindo a Rússia e o México, ou seja, 41,4% da procura mundial de 106,31 milhões de barris por dia prevista para esse ano.
A quota de mercado da OPEP, por si só, tem vindo a diminuir nos últimos anos e está atualmente estimada em 27%.
Entre os países da DoC, a Rússia e a Arábia Saudita lideram a produção, com valores de produção de 9,3 milhões de barris por dia e nove milhões de barris por dia, respetivamente, em abril passado.
Fora da aliança, os EUA são o maior produtor mundial, com quase 21 milhões de barris por dia durante o primeiro trimestre do ano, o que equivale a 20% da procura mundial nesse período.
Na análise da procura por país efetuada pela OPEP, os Estados Unidos continuam a ser o maior consumidor mundial de petróleo bruto em 2024 e 2025.
A China, por outro lado, lidera o crescimento do consumo e queimará mais 4,4% de petróleo em 2024 do que no ano passado e este aumento desce para 2,2% no próximo ano.
Em suma, em 2025, a China e a Índia consumirão em conjunto 21% da oferta mundial total, mais do que os Estados Unidos e muito mais do que os países ricos da Europa, onde o consumo continua a registar um crescimento marginal.
Com sede em Viena, na Áustria, a OPEP inclui atualmente 13 membros: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irão, Iraque, Líbia, Kuwait, Nigéria, Argélia, Angola, Gabão, Congo, Guiné Equatorial e Venezuela.
Além da OPEP, a OPEP+ inclui mais 10 países produtores de petróleo, que são a Rússia, Cazaquistão, Bahrein, Brunei, Malásia, Azerbaijão, México, Sudão, Sudão do Sul e Omã.
Leia Também: Cotação do Brent para entrega em julho sobe 0,69% para 83,36 dólares