OPEP+ representa 41% do consumo total do planeta em 2024 e 2025

A OPEP deixou hoje de publicar separadamente as estimativas da procura do seu próprio petróleo para oferecer as da aliança que mantém desde 2016 com outros países produtores, que preveem que represente 41% do consumo mundial em 2024 e 2025.

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Lusa
14/05/2024 13:02 ‧ 14/05/2024 por Lusa

Economia

Petróleo

No relatório mensal de maio sobre o mercado petrolífero, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) garante que esta mudança não só demonstra "solidariedade e unidade" no seio do grupo denominado OPEP+, como também "ajudará a eliminar mal-entendidos e interpretações erróneas".

O relatório indica que a procura dos países que participam na Declaração de Cooperação (DoC), designação oficial da OPEP+, será de 43,2 milhões de barris por dia em 2024, mais 2% do que no ano passado.

Esta quantidade é equivalente a 41,3% de toda a procura mundial de petróleo este ano, que a OPEP estima em 104,5 milhões de barris por dia, sem alterações em relação à previsão do mês passado.

Em 2025, o mercado necessitará de 44 milhões de barris por dia dos doze países da OPEP e dos dez parceiros, incluindo a Rússia e o México, ou seja, 41,4% da procura mundial de 106,31 milhões de barris por dia prevista para esse ano.

A quota de mercado da OPEP, por si só, tem vindo a diminuir nos últimos anos e está atualmente estimada em 27%.

Entre os países da DoC, a Rússia e a Arábia Saudita lideram a produção, com valores de produção de 9,3 milhões de barris por dia e nove milhões de barris por dia, respetivamente, em abril passado.

Fora da aliança, os EUA são o maior produtor mundial, com quase 21 milhões de barris por dia durante o primeiro trimestre do ano, o que equivale a 20% da procura mundial nesse período.

Na análise da procura por país efetuada pela OPEP, os Estados Unidos continuam a ser o maior consumidor mundial de petróleo bruto em 2024 e 2025.

A China, por outro lado, lidera o crescimento do consumo e queimará mais 4,4% de petróleo em 2024 do que no ano passado e este aumento desce para 2,2% no próximo ano.

Em suma, em 2025, a China e a Índia consumirão em conjunto 21% da oferta mundial total, mais do que os Estados Unidos e muito mais do que os países ricos da Europa, onde o consumo continua a registar um crescimento marginal.

Com sede em Viena, na Áustria, a OPEP inclui atualmente 13 membros: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irão, Iraque, Líbia, Kuwait, Nigéria, Argélia, Angola, Gabão, Congo, Guiné Equatorial e Venezuela.

Além da OPEP, a OPEP+ inclui mais 10 países produtores de petróleo, que são a Rússia, Cazaquistão, Bahrein, Brunei, Malásia, Azerbaijão, México, Sudão, Sudão do Sul e Omã.

Leia Também: Cotação do Brent para entrega em julho sobe 0,69% para 83,36 dólares

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