"Até às 08h00 deviam estar 200 carros na rua e da central do Laranjeiro só saíram 17", explicou Sara Gligó, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
A TST, com cerca de 900 trabalhadores, serve os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra.
Os trabalhadores que já tinham realizado 24 horas de greve em 09 de maio decidiram, na segunda-feira, em plenário manter a paralisação agendada para hoje e marcar mais dois dias de greve, em 05 e 25 de junho.
O plenário foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), e pelo Sindicato Nacional dos Motoristas (SNMOT) para dar a conhecer aos trabalhadores a proposta entretanto apresentada pela TST, que opera no distrito de Setúbal, numa reunião realizada no dia 20 de maio.
Sara Gligó, dirigente da Fectrans, explicou em declarações à agência Lusa que a empresa apresentou algumas alterações à proposta inicial, deixando cair, por exemplo, a obrigatoriedade de o subsídio de refeição ser pago em cartão, uma das reivindicações dos trabalhadores, aumentando o valor para 7,30 euros a partir de 01 de junho.
Por outro lado, adiantou, a empresa manifestou também disponibilidade para aplicar 5,89% de aumento em 2024, com um mínimo de aumento de 60 euros.
Além disso, a empresa está também disponível para igualar em 31 de dezembro os salários dos trabalhadores da TST aos ordenados praticados pela empresa Alsa Todi (que opera nos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal), para que os trabalhadores da península de Setúbal fiquem com os salários nivelados.
Contudo, explicou a sindicalista, os trabalhadores entendem que os valores propostos pela empresa ainda não chegam aos 80 euros de aumento e aos 9,60 euros de subsídio de refeição que reivindicam, pelo que ratificaram a greve marcada para terça-feira e marcaram mais dois dias de paralisação, em 05 e 25 de junho.
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