Angola mantém exposição ao risco soberano mas "com tendência decrescente"
O setor bancário angolano manteve-se sólido no primeiro trimestre deste ano, apesar da concentração de atividade em bancos de importância sistémica e da exposição ao risco soberano com "tendência decrescente", segundo o Banco Nacional de Angola (BNA).
© Flickr/David Stanley
Economia Angola
O Comité de Estabilidade Financeira (CEF), num comunicado após a reunião de avaliação dos principais fatores de risco sistémico com impacto na estabilidade financeira, considera que a banca angolana apresenta níveis adequados de capital e de liquidez, acima do mínimo regulamentar e adequados para fazer face aos riscos inerentes à atividade.
"No entanto, persiste o baixo nível de intermediação financeira, com enfoque no setor real da economia, a exposição ao risco soberano [risco do Estado não honrar os seus compromissos], porém com tendência decrescente, bem como a concentração da atividade nas instituições financeiras bancárias de importância sistémica", indica o CEF.
O CEF decidiu manter inalterados os seus instrumentos de política macroprudencial, mantendo uma Reserva de Conservação (corresponde a um montante de fundos próprios capaz de acomodar perdas não antecipadas) de 2,50% para todos os bancos comerciais; uma Reserva para Bancos de Importância Sistémica Doméstica (D-SIBs), entre 1% e 2%; e a Reserva Contracíclica (usada para proteger o setor bancário nos períodos em que o risco sistémico cíclico aumenta, devido a um crescimento excessivo do crédito) em 0%.
A próxima reunião do CEF vai realizar-se em Luanda no dia 30 de agosto de 2024.
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