Os resultados finais de sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones recuou 0,22%, o tecnológico Nasdaq cedeu 0,23% e o alargado S&P500 baixou 0,11%, depois de ter chegado a estabelecer um novo máximo durante a sessão.
Hoje saíram os números do emprego nos EUA, relativos a maio, que indicaram uma criação de 272 mil postos de trabalho, acima dos 165 mil do mês anterior e dos 190 mil esperados pelos analistas.
Estes números são, em si, "uma boa notícias para os trabalhadores que procuram emprego", comentou Robert Frick, da Navy Federal Credit Union.
Mas, para os investidores bolsistas, representam um mercado de trabalho ainda dinâmico e apoiado também pela subida salarial, o que afasta à partida uma próxima redução da taxa de juro de referência pelo banco central dos EUA, a Reserva Federal (Fed).
Depois de o relatório ser divulgado, os rendimentos obrigacionistas subiram, de 4,28% para 4,42% no caso dos títulos a dez anos, causando uma contração mais importante dos índices bolsistas no início da sessão.
"Estes números do emprego afastam qualquer hipótese de a Fed reduzir a sua taxa de juro em julho", estimou Ian Shepherdson, da Pantheon Macroeconomics. Este analista espera agora uma baixa da taxa em setembro.
Os investidores também ficaram desapontados com a subida do salário horário em 0,4% em maio.
Já a taxa de desemprego, medida por um inquérito separado, subiu de 3,9% para 4,0%.
"Esta informação não deixa dúvidas sobre a margem de manobra da Fed. O mercado esteve vendedor", comentou Adam Sarhan, da 50 Park Invesments.
Este analista já está focado no índice de preços no consumidor (IPC), que deve ser divulgado antes da próxima reunião de política monetária da Fed, em 11 e 12 de junho.
"Se o IPC for inferior às previsões, isso pode abrir a possibilidade de a Fed reduzir a taxa este verão ou talvez no outono", avançou.
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