Greve parcial na Carris com "forte adesão" no primeiro de cinco dias

Os trabalhadores da Carris iniciaram hoje um ciclo de greves parciais que se prolonga até sexta-feira, tendo tido "uma forte adesão", superior a 80%, afetando o serviço de elétricos e autocarros, de acordo com o sindicato.

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Lusa
17/06/2024 16:30 ‧ 17/06/2024 por Lusa

Economia

Carris

"A greve de quatro horas, entre as 04h30 e as 08h30 demonstrou a forte mobilização e motivação dos trabalhadores em defesa do aumento dos salários, pela redução do horário de trabalho e pela resolução de muitos problemas que a administração, nomeada pela Câmara Municipal de Lisboa, continua a ignorar", refere numa nota a Fectrans -- Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.

A greve de quatro horas diárias, de forma rotativa e evolutiva, continua na terça-feira entre as 08h30 e as 12h30. Na quarta-feira, além da paralisação agendada entre as 14h30 e as 18h30, está marcado um plenário geral na estação de Santo Amaro das 09h30 às 14h30.

Para quinta-feira, a greve parcial realiza-se entre as 18h30 e as 22h30 e na sexta-feira está agendada das 22h30 às 04h30.

Em plenário geral no dia 15 de maio, os trabalhadores da Carris manifestaram o descontentamento quanto às negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUO/FECTRANS) e o Conselho de Administração (CA) da empresa e reformularam a sua proposta para os aumentos salariais.

Desta forma, o STRUP reformulou a proposta de aumento para 100 euros (inicialmente a proposta era de 150 euros) na tabela salarial e 15 euros diários no subsídio de refeição.

O sindicato considera que, depois de a empresa ter reconhecido que teve um lucro de 9,5 milhões de euros em 2023, "justifica-se e exige que [esse lucro] seja repartido pelos trabalhadores, nomeadamente na melhoria dos seus salários, porque objetivamente, houve um aumento de produtividade que tem obrigatoriamente de se fazer sentir na grelha salarial dos profissionais da Carris".

Além da atualização salarial e do aumento do subsídio de refeição, os trabalhadores da Carris pedem a redução do horário de trabalho para as 35 horas (incluindo no horário de trabalho as deslocações de e para os locais de rendição), o aumento dos dias de férias e que as baixas médicas deixem de contar para a retirada da majoração das férias.

Exigem também a atribuição do passe gratuito para a Área Metropolitana de Lisboa, a fixação de serviços seguidos ao fim de semana, a prevenção dos riscos profissionais e respetivas compensações aos trabalhadores.

A Carris, sob gestão da Câmara Municipal de Lisboa, é uma empresa de transporte público rodoviário coletivo de passageiros da cidade de Lisboa.

Leia Também: Greve dos trabalhadores da Carris começa hoje e dura cinco dias

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