"Não existe falar em transição energética sem mencionar quem vai pagar essa conta. E é o petróleo que vai pagar essa conta", frisou Magda Chambriard, na cerimónia de tomada de posse, na cidade brasileira do Rio de Janeiro, citada na imprensa local.
Por essa razão, sustentou a nova líder da maior estatal brasileira, "é fundamental desenvolver as reservas da margem equatorial".
A Petrobras reapresentou o pedido para explorar a área na foz do Amazonas e tem depositado grandes esperanças nestas jazidas, pelo que destinou metade do orçamento para exploração de petróleo até 2027, 11 mil milhões de reais (cerca de 2 mil milhões de euros) para perfurações naquela região.
Em maio do ano passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou o pedido da Petrobras para perfuração marítima numa bacia da Foz do Amazonas.
A estatal brasileira fez, entretanto, outro pedido mas ainda aguarda resposta das autoridades ambientais.
Na semana passada, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, voltou a defender exploração de petróleo perto da foz rio Amazonas e afirmou que não vai "jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse país crescer".
"Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, respeitando tudo. Mas nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse país crescer", disse o chefe de Estado brasileiro, Fórum de Investimentos Prioridade 2024, no Rio de Janeiro, citado pela imprensa local, referindo-se à exploração de petróleo na chamada Margem Equatorial.
"A Guiana está explorando, Suriname está explorando, Trinidad e Tobago explora, você vai deixar o seu sem explorar?", questionou Lula da Silva.
O Presidente brasileiro voltou a garantir que essa exploração só acontecerá com garantia ambiental.
"Precisamos é garantir que a questão ambiental será levada 100% a sério", disse.
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