Em declarações à Lusa, Tiago Oliveira disse que “o primeiro objetivo” desta ação é o “esclarecimento” nos locais de trabalho, “a discussão com os trabalhadores” e informá-los sobre as medidas do Governo “para o mundo do trabalho, que irá ter reflexos, se nada for feito, no futuro, nas condições de vida e de trabalho, nomeadamente a questão dos salários” e do “ataque à contratação coletiva”.
O secretário-geral da CGTP apontou ainda a “desregulação cada vez maior dos horários de trabalho”, criticando “um programa do Governo que não tem uma matéria de combate à precariedade”.
A iniciativa, que incluiu ações por todo o país, tinha também como objetivo concreto “intensificar a luta nos locais de trabalho” e levá-la “para a porta das empresas, para os locais onde se dá o confronto entre aquilo que são os interesses dos trabalhadores e os interesses do patronato”.
“Foi uma semana que teve centenas e centenas de ações, trabalhadores em greve, com concentrações, plenários, trabalhadores em luta em torno daquilo que são as reivindicações próprias em cada empresa”, destacou.
“Temos denunciado aquilo que está no programa de Governo”, no que diz respeito aos salários, salientou.
Para Tiago Oliveira há “uma perpetuação de baixos salários, uma política de desvalorização de quem trabalha, de responder aos interesses das empresas, grandes grupos económicos”.
Questionado sobre a possibilidade de se intensificarem as ações de luta no futuro, o sindicalista disse que era preciso “esperar para ver aquilo que são as políticas concretas que o Governo irá colocar em prática”.
“Não podemos estar num país em que os trabalhadores têm de estar em constante luta”, rematou.
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