Wall Street fecha em baixa com rotação de investimentos e caso de Biden
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em nítida baixa, com os investidores a afastarem-se das mega capitalizações pela segunda sessão consecutiva, quando as incertezas políticas começam a pesar nas decisões de investimentos.
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Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 1,29%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,70% e o alargado S&P500 recuou 0,78%.
Ao contrário da véspera, onde o Nasdaq conheceu a sua pior sessão em quase dois anos, hoje foi o Dow Jones que baixou mais, nomeadamente por causa da queda de pesos pesados como os bancos JPMorgan e Goldman Sachs, ambos a perder 3,18%.
"O mercado está desde há algum tempo em excesso de compras", diagnosticou Peter Cardillo, da Spartan Capital, "mas também há uma nova turbulência política com o eventual abandono da corrida presidencial por Joe Biden".
Esta possibilidade "pode criar alguma ansiedade a curto prazo ligada à eleição presidencial", acrescentou Cardillo.
O presidente de democrata, de 81 anos, que colocou a sua campanha em pausa, por estar com covid, joga a sua sobrevivência política, quando o tumulto entre os democratas é cada vez mais audível no sentido de ele abandonar a disputa eleitoral e ceder o seu lugar a outra pessoa.
Até o antigo presidente Barak Obama, de quem Biden foi vice, teria dito a próximos que Biden deveria reconsiderar a sua candidatura às presidenciais de novembro.
"Se Joe Biden desistir, isso abre novas perspetivas. Neste momento, Donald Trump é dado como vencedor, mas se Biden for substituído, isso pode alterar a perspetiva de vitória de Trump", prosseguiu.
O movimento de rotação de investimentos prosseguiu, com os investidores a diversificar as suas aplicações, depois de uma aposta muito forte na tecnologia.
Assim, a Amazon perdeu 2,22%, a AMD dos semicondutores 2,30%, a Alphabet 1,86% e a Apple 2,03%.
Para Art Hogan, da B. Riley Wealth Management, "o mercado está de tal maneira 'comprado em excesso' (...) que não é preciso muito para que os investidores realizem as suas mais-valias".
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