Empregadores em 'lay-off' mais do que duplicaram em 2023 para 1.113
O número de empregadores que estiveram em 'lay-off' mais do que duplicou no ano passado, atingindo 1.113 entidades, segundo os dados da Segurança Social, divulgados num estudo do Centro de Relações Laborais (CRL).
© iStock
Economia Economia
No relatório sobre emprego e formação de 2023, a entidade indicou que analisando as estatísticas da Segurança Social, disponibilizadas pelo Instituto de Informática do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Nacional (MTSSS), através do Boletim estatístico do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP), "em 2023, 1.113 entidades empregadoras estiveram em situação de 'lay-off', o que correspondeu a um aumento de cerca de 169% face ao período homólogo".
O CRL destacou ainda que, no ano passado, "inverteu-se a tendência de decréscimo que se verificava desde 2020, ano em que se registou uma subida expressiva no número de entidades nessa situação".
Por outro lado, analisando os dados estatísticos disponibilizados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT), em 2023, "foram comunicados 431 processos de despedimento coletivo que abrangeram um total de cerca de 3,6 mil trabalhadores despedidos (menos 19,4% face ao ano anterior)", indicou o estudo.
Estes dados incluem trabalhadores despedidos no âmbito de procedimentos iniciados em 2022 que só foram objeto de decisão em 2023.
Segundo o CRL, relativamente ao período homólogo, em 2023, "constatou-se um aumento de 30,6% do número de despedimentos coletivos comunicados, o que correspondeu a mais 101 processos de despedimentos".
O estudo concluiu ainda que segundo dados do Instituto de Informática da Segurança Social, "em dezembro de 2023 estavam registados 6.520,4 mil contratos de trabalho", sendo que destes, 1.861,1 mil, ou seja 28,5%, eram novos contratos".
No período entre 2022 e 2023, "o número de contratos registados na Segurança Social evidenciou uma subida de 4,1%, tendo o número de novos contratos praticamente duplicado, com uma subida na ordem dos 98,4%", referiu o estudo.
O relatório deu ainda conta da situação das remunerações até outubro de 2022, altura em que "o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem que trabalhavam a tempo completo era de 1.367,99 euros, o que representou um aumento de 5,7% face a outubro do ano anterior".
De acordo com a entidade, "o ganho médio mensal masculino era 1.476,20 euros, enquanto o feminino totalizava 1.237,52 euros", sendo que "ambos cresceram, relativamente a 2021, embora o feminino menos 0,2 p.p. [pontos percentuais] do que o masculino, pelo que a diferença entre salários médios se manteve".
Assim, em 2022, "o salário médio mensal feminino representava 83,8% do salário masculino quando, há cinco anos, constituía 82,2%", adiantou.
Segundo a análise levada a cabo neste estudo, mais de metade dos trabalhadores por conta de outrem (63,7%) concentrava-se no escalão remuneratório entre os "705,00 e os 999,99 euros".
Leia Também: Notários dizem ter condições para prestar mais serviços e evitar ruturas
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com