Apagão cibernético gerou instabilidade em serviços bancários no Brasil
Alguns bancos do Brasil, incluindo o Bradesco, segunda maior entidade financeira privada do país, apresentaram instabilidade hoje nos seus serviços digitais devido à falha informática global da Microsoft, segundo informações divulgadas pelos 'media' locais.
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Economia Brasil
O portal de notícias G1 informou, citando o site Downdetector - que faz monitorização de problemas e quedas de serviços em tempo real -, que serviços dos bancos Bradesco, Neon, Next e Banco Pan registaram reclamações.
O Bradesco, com cerca de 100 milhões de clientes, reconheceu que os seus canais digitais ficaram fora de serviço em consequência da paralisação global dos sistemas da Microsoft após uma falha na atualização da plataforma de segurança informática CrowdStrike.
"As equipas estão a trabalhar para regularizar a situação o mais rapidamente possível", afirmou o banco brasileiro nas suas redes sociais.
Além disso, segundo o site Downdetector, o mesmo problema de acesso aconteceu com as empresas Neon e Banco Pan, este último controlado pelo BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina.
Em comunicado enviado a clientes e que foi reproduzido nos 'media' brasileiros, o Neon informou que a sua aplicação apresentava instabilidades, mas afirmou que "o funcionamento dos serviços foi restabelecido e todo a equipa técnica da Neon continua a trabalhar arduamente para minimizar quaisquer impactos".
Já o banco Pan informou, também em nota, que foi afetado "por uma indisponibilidade originada na atualização do software de um dos seus fornecedores", mas disse que já restabeleceu "alguns dos seus serviços e continua atuando para a normalização integral das funcionalidades".
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também se manifestou numa nota na qual avaliou que "a maioria das instituições financeiras brasileiras já normalizou os seus serviços e as restantes estão em estado avançado de normalização e estão a trabalhar para que os seus serviços funcionem rapidamente".
"Os sistemas de algumas instituições financeiras brasileiras foram temporariamente afetados em diversos graus pela atualização do antivírus CrowdStrike, mas nada que comprometesse significativamente a prestação de serviços", acrescentou.
No momento, não há incidentes nos aeroportos brasileiros relacionados ao apagão digital global, segundo o Governo.
"Recebemos notícias de que companhias aéreas de todo o mundo estão tendo as suas operações afetadas devido a um apagão cibernético. Até ao momento, não tivemos nenhum impacto nas operações dos aeroportos brasileiros", disse o ministro dos Portos e Aeroportos do Brasil, Silvio Costa Filho, na rede social X (antigo Twitter).
No entanto, o ministro brasileiro frisou que "vão continuar a monitorizar" para evitar "danos" ao nível do transporte aéreo do país.
A falha tecnológica global está a afetar companhias aéreas e causou nessa sexta-feira algumas filas nos balcões de 'check-in' do aeroporto de Lisboa, em Portugal.
De acordo com um esclarecimento enviado à Lusa, a Microsoft está a trabalhar para resolver os constrangimentos junto dos clientes, um relativo ao Azure e outro relacionado com o CrowdStrike, que estão a afetar empresas e companhias aéreas e de telecomunicações em todo o mundo.
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