Banco central chinês reduz taxa dos acordos de recompra
O banco central da China anunciou hoje uma redução de 10 pontos base, de 1,8% para 1,7%, nas taxas aplicadas a um dos seus principais instrumentos de injeção de liquidez, os acordos de recompra a sete dias ("repos").
© Reuters
Economia China
A instituição indicou que esta iniciativa - a última alteração a esta taxa foi em agosto de 2023 - tem como objetivo "reforçar a regulação contracíclica e aumentar o apoio financeiro à economia real".
Na sequência, o Banco Popular da China injetou 58,2 mil milhões de yuan (7,35 mil milhões de euros) no sistema financeiro chinês através destes acordos de recompra a 7 dias a 1,7%.
Segundo Louise Loo, analista da Oxford Economics, esta decisão surge "um pouco mais cedo do que o previsto": de acordo com as suas previsões, Pequim iria avançar com este corte no último trimestre do ano, na sequência do ciclo de reduções de taxas previsto pela Reserva Federal norte-americana (Fed).
Numa declaração separada, o banco central chinês indicou também que vai reduzir as garantias que exige aos bancos e às instituições financeiras para os empréstimos no âmbito do Mecanismo de Empréstimo a Médio Prazo (MLF, na sigla em inglês).
Os MLF são um instrumento criado em 2014 para financiar os bancos comerciais e orientar as taxas de juro de referência. Quando estas são reduzidas, isso significa que o custo do dinheiro emprestado aos bancos é reduzido.
A partir deste mês, segundo o BPC, as instituições participantes nos MLF que planeiam vender obrigações de médio ou longo prazo vão poder solicitar a redução gradual ou a dispensa dessas garantias.
O objetivo é "aumentar a escala das obrigações transacionáveis e aliviar a pressão sobre a oferta e a procura no mercado obrigacionista", segundo o banco central.
De acordo com Loo, a instituição está a tentar aumentar os seus balanços, reduzindo assim a livre circulação de obrigações no mercado e contendo o recente aumento da procura de títulos do Estado, que fez com que os rendimentos atingissem níveis mínimos históricos, num contexto de pessimismo dos investidores quanto a uma recuperação pós-pandemia mais fraca do que o previsto.
Estes anúncios foram feitos minutos antes de o banco central ter revelado uma redução inesperada das taxas de juro de 10 pontos de base: a taxa de referência para empréstimos a um ano foi reduzida de 3,45% para 3,35%, enquanto a taxa de referência das hipotecas, a mais de cinco anos, foi reduzida de 3,95% para 3,85%.
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