Segundo o banco central, até maio, o financiamento concedido às administrações públicas pelo exterior foi de 8.625 milhões de euros, um máximo desde 2015, sendo a maioria através de títulos de dívida.
Este valor compara com 6.012 milhões de euros um mês antes e com um valor negativo de 6.590 milhões de euros um ano antes.
Por outro lado, as administrações públicas financiaram os bancos em 3.375 milhões de euros, "principalmente através do aumento de depósitos junto do banco central, uma redução face ao homólogo de 9.903 milhões de euros no mesmo período do ano passado.
Numa análise por instrumento, o BdP assinala que o financiamento através de emissões líquidas de títulos correspondeu a 8.407 milhões de euros, contra um valor negativo de 5.635 milhões de euros um ano antes.
Já o financiamento das administrações públicas por intermédio de empréstimos deduzidos de depósitos foi de -3.548 milhões de euros, contra um valor positivo de 47 milhões de euros há um ano.
Um financiamento líquido negativo indica que as aquisições líquidas de ativos financeiros pelas administrações públicas foram superiores às emissões deduzidas de amortizações dos passivos, ou seja, as administrações públicas utilizaram parte dos fundos obtidos para financiarem outros setores da economia.
O financiamento das administrações públicas é um indicador que mede, desde o início do ano, os fluxos acumulados dos passivos das administrações públicas líquidos dos seus ativos financeiros, explica o BdP, que aponta que o seu valor "tende a aproximar-se do simétrico do saldo orçamental das administrações públicas".
O BdP atualiza os dados sobre o financiamento das administrações públicas em 22 de agosto.
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