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Garantia pública no crédito à habitação? "Efeito relativamente reduzido"

O presidente do BPI considerou hoje que a garantia pública para compra de primeira habitação por jovens até aos 35 anos terá um efeito relativamente reduzido e alertou que a taxa de esforço vai restringir o acesso à medida.

Garantia pública no crédito à habitação? "Efeito relativamente reduzido"
Notícias ao Minuto

14:16 - 31/07/24 por Lusa

Economia BPI

"Penso que a ideia é positiva, o problema é que, como não há casas, penso que a medida terá um efeito relativamente reduzido", afirmou o presidente do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, em conferência de imprensa, em Lisboa, sobre os resultados do primeiro semestre.

 

Questionado sobre a medida aprovada pelo Governo que permite que o Estado preste garantia pessoal a instituições de crédito com vista à viabilização de concessão de crédito à habitação própria e permanente a jovens até aos 35 anos, o responsável alertou que "é preciso não esquecer que as pessoas vão pagar 100% do crédito" e, por isso, terá de se ter em conta a taxa de esforço.

"Nós iremos emprestar a quem cumprir os níveis da taxa de esforço que o regulador e toda a gente tem chamado a atenção, para não sobreendividarmos as pessoas. É importante perceber que fica um pouco mais restrito em termos de rendimento quem é que pode aceder a esse tipo de crédito", apontou o responsável.

Oliveira e Costa adiantou ainda que o banco que lidera irá aderir à medida, "se vier nas condições que os bancos podem aceitar", e rejeitou a hipótese de aumentar o 'spread' neste tipo de créditos.

Para o presidente do BPI, o principal problema na habitação é a falta de casas e não o crédito, "por isso, quanto mais barato ficar o crédito, mais as pessoas se vão endividar para tentar comprar uma casa um bocadinho melhor".

Já questionado sobre o Orçamento do Estado para 2025 e o impacto que uma eventual falta de acordo político possa ter na banca, o líder do BPI disse que, até ao momento, não viu diferenças significativas nas propostas de ambos os lados e defendeu que as prioridades do país sejam colocadas em primeiro lugar.

"Como somos vistos de fora é muito importante para continuarmos a atrair investimento, por isso diria que devia prevalecer [...] uma grande maturidade e penso que era útil chegarmos a um consenso e termos estabilidade", salientou.

Oliveira e Costa defendeu ainda a redução da carga fiscal das empresas e sublinhou que o BPI paga atualmente cerca de 37% em impostos, incluindo a contribuição extraordinária sobre o setor bancário.

"Há uma palavra que não entendo, extraordinária é extraordinária. [...] Se calhar, era tirar a palavra 'extraordinária". [...] Se eu concordo? Não. Se continuaremos a pagar? Claramente, sim", disse o presidente do BPI.

Leia Também: BPI mantém convicção de desfecho positivo no "processo da banca"

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