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Lucro do Novo Banco cai 0,8% no 1.º semestre para 370,3 milhões de euros

O lucro do Novo Banco caiu 0,8% nos primeiros seis meses do ano face a igual período de 2023, para 370,3 milhões de euros, anunciou hoje a instituição financeira.

Lucro do Novo Banco cai 0,8% no 1.º semestre para 370,3 milhões de euros
Notícias ao Minuto

07:37 - 01/08/24 por Lusa

Economia Novo Banco

A margem financeira do banco, que diz respeito à diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros pagos nos depósitos, subiu 13,5% em termos homólogos, para 594,9 milhões de euros.

 

No primeiro semestre, apesar de ter tido um aumento na ordem de 8,7% no seu produto bancário (para 753,0 milhões de euros), o resultado líquido do Novo Banco espelha um reforço das imparidades e provisões, que subiram 56,8%, para 87,8 milhões de euros.

O reforço das imparidades e provisões foi particularmente significativo para outros ativos e contingências, com uma subida de 37,1 milhões de euros face aos primeiros seis meses de 2023. O banco explica que este crescimento é "maioritariamente devido a uma provisão para o processo de transformação, no valor de 30,0 milhões de euros, enquadrada no programa estratégico de inovação e simplificação".

Citado em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o presidente executivo do banco, Mark Bourke, afirmou que estes resultados "refletem uma robusta 'performance' comercial".

Nos primeiros seis meses do ano, as comissões do Novo Banco aumentaram 10,9%, para 161,2 milhões de euros, num crescimento "impulsionado pela dinâmica das iniciativas das comissões, principalmente na gestão das contas serviço e meios de pagamento", que terão compensado alterações legislativas nas comissões de empréstimos.

Ainda sobre a margem financeira, o Novo Banco registou que "a evolução favorável das taxas ativas [cobradas pelo banco] mais que compensou o aumento das taxas passivas [pagas pelo banco]" no período, tendo as primeiras subido 1,05 pontos percentuais (p.p.) em termos homólogos, para 4,75% e as segundas avançado 0,73 p.p. para 1,91%.

Os custos operacionais do banco subiram 1,3% para 242,7 milhões de euros, destacando-se os custos com pessoal, que aumentaram 9,1% em termos homólogos para 131,5 milhões de euros.

Já os resultados das operações financeiras, que incluem ganhos e perdas com venda e reavaliação de títulos, resultados cambiais e coberturas, foram negativos em 4,7 milhões de euros.

O crédito a clientes bruto atingiu 28.490 milhões de euros no final de junho, uma descida de 0,2% face ao mesmo mês do ano passado, mas uma subida de 1,1% em relação a dezembro.

Em termos homólogos, a maior variação deu-se no crédito a empresas, com uma quebra de 3,7%, para 13.690 milhões de euros.

O crédito a particulares avançou 83,0 milhões de euros nos últimos 12 meses, para 11.682 milhões de euros, apesar do recuo de 1,8% no crédito à habitação (9.949 milhões de euros). Esta descida no crédito à habitação foi compensada pela subida da rubrica Outro Crédito, que avançou 265 milhões de euros em termos brutos.

Os créditos não produtivos (NPL) baixaram 18,5% entre junho de 2023 e junho deste ano, para 1.034 milhões de euros, tendo o rácio de NPL baixado de 4,9% para 4,1% em 12 meses.

Por sua vez, os recursos totais dos bancos aumentaram 4,1%, em termos homólogos, para 37.136 milhões de euros, com os depósitos a atingirem 78,4% do financiamento da atividade do banco.

No espaço de um ano, os depósitos de clientes no Novo Banco avançaram 3,2%, para 29.128 milhões de euros, com a instituição a registar que a sua quota de mercado em maio era de 9,3% - 8,1% no retalho e 12,9% nas empresas.

A relação entre o custo e o rendimento ('cost to income') baixou para 32,1%, contra 33,6% um ano antes, "refletindo o foco contínuo na simplificação e otimização dos processos", enquanto o custo do risco recuou três pontos base face ao período homólogo, para 38 pontos base.

Já o rácio entre o resultado líquido e os capitais próprios médios sem os ativos intangíveis recuou para 17,4%, contra 22,4% um ano antes.

No final de junho, o Novo Banco contava com 4.239 trabalhadores, mais 107 que o comunicado ao mercado no final do primeiro semestre do ano passado, enquanto o número de balcões baixou em dois, para 290.

[Notícia atualizada às 08h25]

Leia Também: Novo Banco regista alteração do capital social e mudança de sede

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