"Isto pode alarmar os mercados, especialmente tendo em conta as notícias da semana passada", com lucros fracos no setor tecnológico, dados do emprego dececionantes e incerteza sobre o futuro das taxas de juro, disse à AP Jim Shanahan, analista da Edward Jones.
Warren Buffett tem elogiado consistentemente o presidente executivo da Apple, Tim Cook, que participou na reunião anual da Berkshire em Omaha, em maio, e falou sobre a forma como os consumidores são fervorosamente dedicados aos seus iPhones e não gostam de os trocar.
Nos primeiros três meses do ano, a Berkshire tinha já reduzido em mais de 10% a participação na Apple.
A Berkshire não forneceu uma contagem exata das suas ações da Apple no relatório divulgado hoje, mas estimou que o investimento valia 84,2 mil milhões de dólares no final do segundo trimestre, embora as ações tenham disparado durante o verão para 237,23 dólares.
No final do primeiro trimestre, a participação da Berkshire na Apple valia 135,4 mil milhões de dólares.
Jim Shanahan estima que a Berkshire ainda detenha cerca de 400 milhões de ações da Apple.
Já a analista da CFRA Research, Cathy Seifert, apontou que a Berkshire "está a preparar-se para um clima económico mais fraco".
A Berkshire reportou uma pequena queda nos seus lucros, para 30,348 mil milhões de dólares (cerca de 28 mil milhões de euros), no segundo trimestre, face aos 35,912 mil milhões de dólares registados no mesmo período do ano passado.
A Berkshire possui uma variedade de empresas de seguros, a ferroviária BNSF, vários serviços públicos importantes e uma coleção de empresas de retalho e de fabrico, incluindo marcas como Dairy Queen e See's Candy.
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