Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 1,76%, o alargado S&P500 valorizou 2,30% e o tecnológico Nasdaq ganhou 2,87%.

Os rendimentos obrigacionistas também evoluíram em alta, o que é interpretado como sinal da redução da preocupação dos investidores com o estado da economia norte-americana.

Na origem do movimento está um relatório sobre as inscrições para o subsídio de desemprego na semana passada, que revelou um decréscimo.

Na segunda-feira, Wall Street tinha vivido o seu pior dia desde 2022, dado que os investidores receavam uma recessão na economia dos EUA.

Também no mesmo dia, Robert Reich, que foi secretário do Trabalho de Bill Clinton e é professor de Economia em Berkeley, considerou que a queda bolsista então verificada não era razão para criar qualquer pânico.

Na altura escreveu na sua conta na rede social Substack: "Parvoíce. Os EUA não enfrentam qualquer recessão iminente. A economia [dos EUA] continua a crescer. Não há razão para pânico".

As inscrições semanais para pedidos de subsídio de desemprego na semana passada nos EUA, divulgadas pouco antes da abertura do mercado bolsista, recuaram mais do que previsto, para 233 mil em vez das 240 esperadas.

Este sinal de saúde do mercado de trabalho permitiu dissipar dúvidas entre os investidores sobre os riscos de uma recessão nos EUA.

"Para mim, estes dados sugerem que estamos na via de um arrefecimento e não de uma recessão", comentou Oren Klachkin, da Nationwide Financial Markets.

Para Adam Sarhan, da 50 Park Investments, a subida dos índices traduziu "um suspiro de alívio".

Como disse, "o pior cenário, que os investidores imaginaram esta semana", isto é, uma recessão nos EUA a anunciar-se no horizonte com uma deterioração do mercado de trabalho, "não se materializou".

Mas avisou: "Isto não significa que os índices bolsistas vão regressar cedo aos seus máximos".

Mas, "pelo menos temporariamente, o mercado respira", acrescentou Adam Sarhan.

A ajudar a acalmar o ambiente bolsista, o iene, cuja valorização acentuada tinha sido um fator da forte queda de segunda-feira, recuou hoje 0,31% face ao dólar.

[Notícia atualizada às 22h57]

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