"É justo que gostaríamos de ter também um acordo de 'roaming' nacional", mas "infelizmente as ofertas que recebemos dos operadores históricos não foram satisfatórias", afirmou Serghei Bulgac, numa 'call' a propósito da divulgação dos resultados semestrais do grupo romeno que detém a Digi.
"Portanto, se conseguirmos chegar a um acordo de 'roaming', isso é algo que ainda estamos interessados em fazer", acrescentou o presidente executivo (CEO).
Contudo, o "cenário principal é continuar com a nossa própria rede e acreditamos que a nossa própria rede cobre suficientemente bem toda a população de Portugal e estamos muito ocupados nas últimas fases para lançar estes serviços ainda este ano", salientou.
Admitindo que é uma questão difícil de responder com precisão, Bulgac disse que se não houver acordo, a Digi certamente arrancará na segunda metade do ano sem 'roaming' nacional.
O executivo não precisou a data de arranque dos serviços da Digi em Portugal.
"O lançamento será dentro de meses", referiu, prometendo "preços atrativos" e afastando um cenário de fidelização a dois anos.
Durante a 'call', o CEO do grupo Digi Communications disse que a intenção é arrancar "com todos os serviços desde início", desde serviços de televisão, de banda larga e móvel.
"A posição da Nowo surgiu repentinamente no último mês ou mais e embarcámos nesta transação por vários motivos", prosseguiu, adiantando que, por um lado, a Digi está interessada em integrar o espectro móvel que a operadora adquiriu em 2021.
"Também estamos interessados em integrar as operações da Nowo, ajudando-nos eventualmente a expandir a nossa quota de mercado e a nossa presença no mercado um pouco mais rapidamente em comparação com o que fazíamos anteriormente" ou com a estratégia autónoma, acrescentou.
Em 02 de agosto, a Digi anunciou que tinha chegado a acordo para compra da Nowo e das suas licenças pelo valor de 150 milhões de euros.
Em termos de discussões com vários parceiros e operadores de licenciamento de conteúdos no mercado, "estas questões estão em curso no caso da Digi, independentemente da Nowo, e esperamos e pretendemos resolver estas questões nos próximos meses, antes do lançamento dos serviços", disse.
"Mais uma vez, ter o Nowo ajuda um pouco porque, na verdade, se não tivermos este contrato, então o Nowo tem o contrato, mas até agora" estes são áreas de trabalho separadas entre as empresas.
Bulgac garantiu que a Digi não tem a Huawei como sua fornecedora de 5G.
"Os nossos fornecedores móveis em Portugal são exclusivamente a Ericsson e a Nokia", rematou.
[Notícia atualizada às 17h38]
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