Portugal tem 35,2% dos trabalhadores com um baixo nível de qualificação, ou seja, no máximo têm o ensino secundário obrigatório - o dobro da média da União Europeia (UE).

No entanto, o país continua a registar níveis históricos de pessoas empregadas, que atualmente já superam os 5,1 milhões de profissionais, segundo dados apresentados pela Randstad Research relativamente ao segundo trimestre deste ano.

Do total de população empregada, segundo o estudo, "apenas 34,2% possuem qualificações ao nível do ensino superior e, entre estes, regista-se uma taxa de emprego de 80,2%".

Quem tem estudos secundários ou pós-secundários, "a taxa de emprego está 10,7 pontos abaixo".

No que diz respeito a desempregados, há "52,4% que não completaram o ensino secundário", o que acaba por dificultar a procura de emprego. Isto "justifica que 44,2% dos desempregados - 146,8 mil pessoas-  esteja à procura de emprego há mais de um ano".

Não obstante, os dados da Eurostat dão conta que "o emprego volta a atingir níveis históricos em Portugal", alcançando "uma taxa de emprego de 72,2% entre os 16 e os 64 anos", acima da média europeia em 1,9%.

"Regista-se uma perspetiva de crescimento muito positiva, mas há ainda uma fatia grande da população em idade ativa a quem a falta de formação dificulta muitas vezes a integração ou reintegração no mercado de trabalho. Estes dados são importantes, já que permitem às organizações tomar decisões sustentadas e antecipar necessidades de forma a manter a sua competitividade no mercado", referiu Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal.

Leia Também: Emprego só cresce nos serviços mas não à boleia do turismo