Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,15%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,33% e o alargado S&P500 recuou 0,20%.
Nasdaq e S&P 500 registaram oito ganhos consecutivos antes de a série ser interrompida, alcançando a sua melhor sequência do ano.
"Acabámos de passar por duas semanas voláteis, com uma grande recuperação após a queda", recordou Sam Burns, da Mill Street Research.
O Nasdaq subiu mais de 10% no total, depois de ter caído 8% no início de agosto.
"Normalmente, depois de uma sequência destas, é clássico passar por um dia mais tranquilo, de consolidação, como o de hoje", acrescentou.
Além da necessidade de recuperar o fôlego, os investidores também reagiram à perspetiva de uma provável revisão significativa em baixa no número de novos empregos nos Estados Unidos no primeiro trimestre, num relatório esperado quarta-feira, segundo Marc Chandler da Bannockburn Global Forex.
O Nasdaq foi mais turbulento do que os outros grandes índices, influenciado, mais uma vez, pelo setor dos microprocessadores, que tem sido volátil na nova economia nos últimos meses.
A gigante Nvidia (-2,12%), assim como a Broadcom (-1,05%), a Qualcomm (-1,23%) e a Intel (-2,46%) registaram perdas. Esta última, também residente no Dow Jones, sofreu uma forte baixa, mas não tanto como a Boeing (-4,20%), apanhada em mais uma zona de turbulência.
O fabricante de aviões norte-americano decidiu manter em terra até novo aviso a sua frota de aviões 777X de fuselagem larga, que estava em testes, depois de ter detetado um ponto fraco numa peça que ligava o motor ao avião.
Também a agência de aviação civil dos EUA ordenou ao grupo que realizasse inspeções aos assentos dos pilotos em centenas de 787.
Mesmo uma forte redução das taxas das obrigações não foi suficiente para revigorar um mercado bolsista que estava a perder força. O rendimento dos títulos do governo dos EUA a 10 anos caiu para 3,81%, em comparação com 3,87% no fecho de segunda-feira.
Apesar da baixa de hoje, Sam Burns vê o mercado de Nova Iorque a ultrapassar em breve os máximos históricos registados em julho.
"Até agora, o cenário central continua ideal, com uma economia ainda em boa saúde e a inflação a cair significativamente", sublinhou o analista, sobre um cenário que lança as bases para futuros cortes de taxas para a Reserva Federal norte-americana (Fed).
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