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Sasol exportou 2.695 milhões de gigajoules de gás natural de Moçambique

A petrolífera estatal sul-africana Sasol, que explora gás no sul de Moçambique, exportou 2.695 milhões de gigajoules (GJ) de gás natural de Moçambique de um total de 3.047 milhões produzidos nos últimos 20 anos no país, anunciou o Presidente moçambicano.

Sasol exportou 2.695 milhões de gigajoules de gás natural de Moçambique
Notícias ao Minuto

22:36 - 20/08/24 por Lusa

Economia Moçambique

"Este marco não só colocou Moçambique no mapa regional de produtores de gás natural, mas também lançou as bases para o desenvolvimento do setor petrolífero a nível nacional ", disse o chefe de Estado moçambicano, durante uma declaração à nação, na celebração do 20.º aniversário da criação do Instituto Nacional de Petróleos (INP), em Maputo.

 

A Sasol explora reservas de gás desde 2004 em Temane e Pande, na província de Inhambane, com gasodutos para a África do Sul e Maputo, alimentando ainda a central elétrica moçambicana de Ressano Garcia, junto à capital e na fronteira com a África do Sul.

Segundo o chefe de Estado moçambicano, do total produzido pela sul-africana, 352 milhões gigajoules -- unidade de energia equivalente a cerca de 25,5 metros cúbicos - foram consumidos no mercado moçambicano como gás comercial e também serviram de "royalties em espécie".

Para Nyusi, o início da exploração de gás em Pande e Temane foi uma das grandes realizações do país nos esforços para aproveitar o potencial energético, lançando as bases para o desenvolvimento do setor petrolífero em benefício dos moçambicanos, que culminou com a descoberta de reservas na bacia do Rovuma, estimadas em cerca de 180 triliões de pés cúbicos.

"Nestes anos, o INP lançou seis concursos públicos para concessão de áreas para pesquisa e produção de hidrocarbonetos, localizadas em mar e em terra. As iniciativas possibilitaram a descoberta de reservas de gás natural de classe mundial na bacia do Rovuma", acrescentou.

No total, o país adjudicou 20 áreas de pesquisa e produção, com registo de um investimento de cerca de nove mil milhões de dólares (cerca de oito mil milhões de euros) para pesquisa e 21 mil milhões de dólares (quase 19 mil milhões de euros) para projetos em fase de desenvolvimento.

Moçambique tem três projetos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado.

Dois desses projetos têm maior dimensão e preveem canalizar o gás do fundo do mar para terra, arrefecendo-o numa fábrica para o exportar por via marítima em estado líquido.

Um é liderado pela TotalEnergies (consórcio da Área 1) e as obras avançaram até à suspensão por tempo indeterminado, após um ataque armado a Palma, em março de 2021, altura em que a energética francesa declarou que só retomaria os trabalhos quando a zona fosse segura.

O outro é o investimento ainda sem anúncio à vista liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio da Área 4).

Um terceiro projeto concluído e de menor dimensão pertence também ao consórcio da Área 4 e consiste numa plataforma flutuante de captação e processamento de gás para exportação, diretamente no mar, que arrancou em novembro de 2022.

A província de Cabo Delgado, que detém as maiores reservas de gás natural do país, é desde 2017 palco de ataques terroristas, reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

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