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Presidente da Parpública vai gerir participações do Estado em 19 empresas

O Governo decidiu mudar a administração da Parpública, segundo foi anunciado esta semana, e o novo presidente, Joaquim Cadete, vai agora ter em mãos as participações do Estado em 19 empresas.

Presidente da Parpública vai gerir participações do Estado em 19 empresas
Notícias ao Minuto

19:20 - 23/08/24 por Lusa

Economia Parpública

A Parpública, sucessora da Partest, é uma sociedade de capitais públicos criada no final de 2000 que concentra as participações empresariais do Estado.

 

Atualmente, segundo a lista disponível na página da Parpública, tem sob a sua alçada as participações em 19 empresas, oito das quais com controlo exclusivo.

As empresas com participação a 100% da Parpública são a Estamo (que gere os ativos imobiliários do Estado), a Florestgal, a Imprensa Nacional - Casa da Moeda, a Companhia das Lezírias (uma exploração agro-pecuária e florestal), o Circuito Estoril, a SIMAB (Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores), a Fundiestamo e a Sagesecur (Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e Participação em Projetos de Investimento Valores Mobiliários).

Já a participação na Águas de Portugal é de 81%, seguindo-se a CVP, a Sociedade de Gestão Hospitalar que gere o Hospital da Cruz Vermelha em Lisboa, com 45% e a Inapa com 44,89%. Esta última avançou no mês passado para um processo de insolvência, numa situação onde foram tecidas críticas à atuação da Parpública.

A Comissão Executiva da Inapa chegou a afirmar, no início deste mês, que "nunca foi possível" chegar a uma solução de capitalização da empresa "por indisponibilidade" do maior acionista Parpública, com quem realizou "mais de 50 contactos" para recapitalizar e reestruturar o grupo.

As participações geridas pela Parpública em outras empresas incluem a Galp Energia (8,02%), a MGI Capital (5%), o Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana, (4,77%) e a Lisnave - tanto a divisão de estaleiros navais como de infraestruturas navais (2,97% e 2,08%, respetivamente).

É também de destacar a TAP, com uma participação de 1%, um dos dossiês mais ativos, nomeadamente numa altura em que se espera que o Governo avance com a privatização da companhia aérea.

Na lista encontra-se ainda uma participação de 0,25% nos CTT - Correios de Portugal, bem como na Nos, ainda que a dimensão desta não seja detalhada.

A compra da participação nos CTT apenas foi conhecida no início deste ano, mas ocorreu entre 2020 e 2021 por ordem do anterior Governo. Segundo explicou a Parpública, "a compra de ações dos CTT pela Parpública, realizada até outubro de 2021, ocorreu no cumprimento dos requisitos legais, designadamente o despacho do então ministro das Finanças, precedido do parecer prévio da UTAM [Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial]".

Quanto às contas da Parpública, não está disponível no site o relatório e contas para o conjunto do ano de 2023, mas os dados semestrais mostram que a Parpública registou resultados líquidos de 86 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, um aumento de 6,2% em relação ao período homólogo.

O grupo revelou, no relatório do 1.º semestre, que a sua dívida financeira consolidada "manteve a tendência decrescente, ficando em 1,8 mil milhões de euros, representando uma diminuição de 12,2% face ao montante registado a 31 de dezembro de 2022".

Até agora, a Parpública era presidida por José Realinho de Matos, que foi eleito em novembro do ano passado para o mandato de 2023-2025.

O responsável, que era anteriormente vice-presidente da Parpública, está agora de saída, a qual foi justificada com a existência de uma postura mais reativa do que preventiva da administração, bem como com a falta de prestação de informação atempada ao ministério, segundo o Jornal de Negócios.

Quem irá assumir a presidência é Joaquim Cadete, diretor do mestrado de Finanças da Católica Lisbon School of Economics e administrador não executivo da Euronext Securities Porto, tendo integrado a administração do Banif Banco de Investimento entre 2017 e 2018, nomeado pela Oitante, e do Citigroup entre 2000 e 2011.

Leia Também: Joaquim Cadete sucede a Realinho de Matos na presidência da Parpública

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