Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,16%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,85% e o alargado S&P500 recuou 0,32%.
O anterior máximo histórico do Dow Jones tinha ocorrido em meados de julho.
"Depois de o presidente da Fed (Reserva Federal dos EUA), Jerome Powell, ter dito o que todos queriam ouvir (corte nas taxas de juro em setembro), o mercado acelerou na sexta-feira", lembrou Sam Stovall, do CFRA.
"E com o rácio PCE (preços) e os resultados da Nvidia (gigante dos semicondutores) a chegarem esta semana, os investidores aproveitaram a oportunidade para realizar alguns lucros", explicou o analista.
"As avaliações são um pouco excessivas", sublinhou, por sua vez, Kurt Spieler, responsável de investimento do FNBO.
O setor dos semicondutores sofreu particularmente, como a Nvidia (-2,25%), a AMD (-3,22%) e a Broadcom (-4,05%).
O Dow Jones teve um bom desempenho graças à retoma da rotação dos investidores para ações que até agora tinham sido relativamente negligenciadas.
É particularmente o caso das chamadas ações defensivas, ou seja, menos sensíveis à situação económica.
A Coca-Cola (+1,50%), o grupo petroquímico Dow (+0,93%) ou a seguradora Travellers (+0,43%) foram os mais procurados.
O índice Russell 2000, que inclui apenas as PME, também teve um desempenho superior ao do S&P 500 e do Nasdaq, terminando quase estável (-0,04%).
Para Sam Stovall, esta rotação poderá permitir ao mercado de Nova Iorque manter-se firme em setembro e outubro, dois meses tradicionalmente difíceis.
Além disso, o analista sublinha que nos seis meses seguintes a um primeiro corte das taxas, as ações tendem a progredir muito mais lentamente do que no período anterior.
A semana promete ser calma a nível macroeconómico, mesmo que o índice de preços PCE para os Estados Unidos seja esperado na sexta-feira, tal como o inquérito da Universidade de Michigan sobre a confiança dos consumidores.
No mercado, a Boeing caiu (-0,85%), após o anúncio, no sábado, de que os dois astronautas transportados para a Estação Espacial Internacional (ISS) pela nave Starliner do fabricante de aeronaves iriam finalmente regressar com uma sua concorrente, a SpaceX.
Este é um revês para a Boeing, que contava com este voo inaugural com tripulação para restaurar a imagem do Starliner, atrasado há vários anos.
As petrolíferas ExxonMobil (+2,14%), Chevron (+0,60%) e ConocoPhillips (+1,94%) aproveitaram a subida repentina dos preços do 'ouro negro', num contexto de crise na Líbia.
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