Desde 2018 que esta taxa, conhecida como 'prime rate', estava em queda, até ao mínimo de 15,5% em fevereiro de 2021, quando a tendência se inverteu e a taxa começou a subir até atingir 24,1% em julho do ano passado.
A taxa regressou aos valores de abril de 2023 (23,50%) em janeiro de 2024, após seis meses consecutivos em máximos de 24,1%. Desceu, depois, em março para 23,10%, em abril para 22,70%, em maio para 22,30%, em junho para 22% e em julho para 21,2%.
Os aumentos da 'prime rate' estão associados à subida da taxa de juro de política monetária (taxa MIMO, que influencia a fórmula de cálculo da 'prime rate') pelo banco central, por forma a controlar a inflação.
O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu em 31 de julho último baixar a principal taxa de juro MIMO, de 15% para 14,25%, justificando com a perspetiva da inflação a manter-se em um dígito no médio prazo.
"Esta decisão é sustentada pelas contínuas consolidações das perspetivas de inflação em um dígito a médio prazo, num contexto em que as incertezas associadas às projeções mantêm-se favoráveis", disse o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, durante a apresentação das medidas tomadas pelo CPMO.
A criação da 'prime rate' foi acordada em 2017 entre o banco central e a AMB para eliminar a proliferação de taxas de referência no custo do dinheiro.
Na altura, foi lançada com um valor de 27,75%.
O objetivo é que todas as operações de crédito sejam baseadas numa taxa única, "acrescida de uma margem ('spread'), que será adicionada ou subtraída à 'prime rate' mediante a análise de risco" de cada contrato, explicaram os promotores.
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